Chalé 1 - Zeus

Henri James Kurtz Ω Ο γιος του Ζεύς Ω Nível 4

Após a sessão de treinamento, eu realmente precisava de um banho. Voltei para o chalé, enquanto Lirien ficara pelo acampamento, a procura de alguma pequena ave, ou roedor, ou qualquer coisa que ela pudesse caçar para seu almoço. Cheguei ao chalé com rapidez, entrando e partindo logo para o banheiro. Arranquei a roupa e a joguei de lado, entrando embaixo do chuveiro. Tomei um banho rápido, e então peguei uma toalha. Passei ela pelo corpo rapidamente, e depois a enrolei na cintura, ainda estando um pouco molhado. Passei as mãos no cabelo, jogando-o para trás, e peguei a roupa que eu jogara de lado. Coloquei no lugar certo, para depois lavá-la, e então retornei a parte principal do chalé. Notei que havia esquecido a porta do chalé aberta, mas quem se importa? Joguei-me na cama, e cruzei os braços atrás da cabeça, e fiquei ali, pensando em nada, porém em tudo. Sim, era meio complexo e não tentem entender o que se passa na minha cabeça.

Henri James Kurtz Ω Ο γιος του Ζεύς Ω Nível 4

Tudo ia bem, tanto que eu estava quase pegando no sono. Olhos fechados, corpo relaxado. Mas então me sobressaltei, com a voz que ouvi. Abri os olhos, e claro, Kate Holmes estava lá. Respirei fundo, e então me sentei, olhando-a. O cheiro de seu perfume, cremes, e qualquer outra coisa que ela passara no corpo, agora tomava conta do ar a minha volta. Um cheiro doce. Era bom, mas chegava a enjoar, quando em demasia. - O que faz aqui, Kate? - Disse, em um tom controlado. Minha expressão era séria, enquanto parecia que ela estava divertindo-se com tudo aquilo. Parei, e então olhei-a melhor. Pelos Deuses, ela estava bonita. Mas isso era normal para uma filha de Afrodite. E o fato dela estar bonita, não queria dizer que eu a desejava. Suzannah era quem eu amava, e isso estava fixo em minha cabeça.

Henri James Kurtz Ω Ο γιος του Ζεύς Ω Nível 4

Fazer as pazes? Ok, isso era novo, ainda mais para Kate Holmes. Ela não era do tipo que cultivava amigos masculinos. Ela somente tratava os homens como objetos que ela conquistava, usava, e depois jogava fora. Um perfeito jogo de sedução, do qual ela nunca saia machucada. A não ser talvez, quando era rejeitada, o que era bem raro, e que, por sinal, eu fizera com ela. Analisei-a, com um olhar crítico, tentando decidir se devia ou não seguir em frente com aquilo. Resolvi então ver o que ela queria. E eu só saberia disso, se desse continuidade na conversa. - Ok, amigos então. - Finalizei, respondendo sua pergunta. Dei um sorriso simpático, mesmo que por dentro ainda passasse o pensamento de dúvida sobre os interesses dela, naquilo.

Henri James Kurtz Ω Ο γιος του Ζεύς Ω Nível 4

Ela parecia realmente mudada, e até um pouco tímida. Trazia um tom de inocência na voz, como se a Kate que eu conhecera, tivesse sumido. Ela estava arrependida, isso podia ter feito ela mudar realmente. Afinal, é preciso um baque forte para causar uma mudança daquelas, e para as filhas de Afrodite, especialmente sendo ela Kate Holmes, ser rejeitada seria o maior golpe possível. - Que bom que mudou. - Comecei, em um tom mais amigável. - Bom saber que viu que a vida de futilidades não ia te levar a nada. - Completei, relaxando os músculos. Eu estava um pouco tenso até o momento, afinal, caso ela avançasse contra mim, eu estaria preparado para me desvencilhar. - Sim, não deve ficar encalhada mesmo. Mas deve encontrar alguém que te respeite. Pelo menos é o que eu acho. Afinal, você é linda, consegue arranjar um cara legal. - Eu já estava falando demais. Cheguei até a elogiá-la. Sim, eu, Henri James Kurtz havia elogiado Kate Holmes. Aquilo poderia ter sido eu, assinando minha sentença de perseguição, se fosse em tempos antigos. Mas ela estava mudada. Ou não.

Henri James Kurtz Ω Ο γιος του Ζεύς Ω Nível 4

Pronto, eu definitivamente havia assinado minha sentença de perseguição. Com esse elogio, provavelmente ela não sairia do meu pé, pensando que tinha alguma chance de conseguir me ter. E então ela deslizou, ao fazer o comentário, e eu vi que a antiga Kate ainda estava ali. Pelo menos uma parte dela estava. Olhei-a, e vi que ela esperava uma resposta. - É Holmes, você é linda, e você sabe disso. Mas sua beleza é somente física, pelo menos era, na época do colégio. - Parei, lembrando-me rapidamente de como ela agia naqueles tempos. - Mas você diz que está mudada, então, agora tem uma beleza interna também, e isso é muito mais importante, pelo menos ao meu ver. - Mordi o lábio inferior, um pouco receoso de que pudesse tê-la magoado. Mas por que eu estava assim?! Pelos Deuses! Aquela é Kate Holmes! A menina mais fútil que eu já conhecera. Teve uma época que eu cheguei até a duvidar se ela tinha, ou não, sentimentos. Mas já estava feito. Eu já tinha falado, e involuntariamente, mostrado preocupação. Só tinha que rezar para que ela não tivesse visto, ou pelo menos não entendera minha mordida no lábio.

Henri James Kurtz Ω Ο γιος του Ζεύς Ω Nível 4

Seu pedido praticamente me hipnotizara. Ela se aproximou um pouco, olhando em meus olhos, e por um instante, eu me perdi nos seus. Quando voltei a mim, ela já estava em cima de mim, beijando-me. Fiquei sem saber o que fazer, então coloquei minha mão em sua cintura, com o intuito de tirá-la de cima de mim. Pena que não consegui. Não sabia o porque, mas não tinha forças, nem vontade de tirá-la dali. Eu parecia estar enfeitiçado, fora de mim. Minha cabeça me dizia para me desvencilhar, porém meu corpo não obedecia. Coloquei minha mão esquerda em sua nuca e segurei seu cabelo, deixando o beijo ainda mais intenso. "Por Zeus, Henri! O que está fazendo?! Vamos, saia daí, rápido!" Falava comigo mesmo, mentalmente, tentando dar ordens a meu corpo. Inútil. Pela primeira vez em minha vida, eu estava fora do controle da situação.

Henri James Kurtz Ω Ο γιος του Ζεύς Ω Nível 4

As coisas estavam esquentando, e minha mente continuava a dizer para meu corpo parar. "Por que raios eu não consigo mexer meu corpo voluntariamente?!" Esbravejei, dentro de minha cabeça. Eu já estava nú, e involuntariamente ia tirando o vestido de Kate. Aquilo não podia estar acontecendo! Eu a rejeitara uma vez, podia fazer de novo. Mas pelo que estava parecendo, eu não conseguia. Ela havia me dominado, e isso era mais forte do que eu. Por fim, o pior aconteceu. Senti minha espinha gelar ao ouvir a voz de Suzannah, e então percebi que eu era um homem morto, a partir daquele momento. A garota socou meu rosto, e disse algumas palavras. Eu não senti a dor do golpe, mas preferia ter sentido. Preferia que ela tivesse me desmaiado, para que eu não tivesse que vê-la virando as costas para mim. Tentei chamá-la, mas ela já havia partido. Levantei-me, sem nem mesmo olhar para Kate. Não queria ver a expressão de satisfeita no rosto dela. Era óbvio que ela estava planejando aquilo, ou algo parecido. Fui até meu armário, ficando de costas para ela, peguei uma calça e a vesti. Enquanto fechava o botão, disse, sem nem mesmo olhar para ela. - Se você não entendeu, essa é a hora que você vai embora. - Meu tom era seco, ríspido, e amargo. - E é melhor você sair logo, antes que eu perca a compostura, e te arraste para fora, pelos cabelos. - Engoli em seco, respirando fundo. - Você já conseguiu o que queria. - Então eu mesmo sai do chalé, e contatei Lirien mentalmente. "O que foi, Henri?" Perguntou a águia, em tom preocupado, ao sentir minhas emoções. "Preciso que encontre Suzannah! Ela saiu daqui muito irritada, tenho medo de que ela faça algo sem pensar." Então ouvi Lirien piando a cima de mim, como se estivesse assentido ao meu comando. Logo em seguida a vi voando para longe, em uma velocidade absurda. Sai andando então, em direção a um dos lugares que ela poderia estar. O lugar que a gente se conheceu, e aparentemente o lugar para onde ela ia, quando precisava pensar. Fui para a praia.

jack brown :: filho de ares :: nível 10
Behind closed eyes lie
The minds ready to awaken you
Are you at war with land
And all of its creatures
Your not-so-gentle persuasion
Has been known to wreck economies
Of countries, of empires, the sky is over

---

Hoje estava pensando em ver novamente como Bethany estava. Não sei se estava ficando nervoso demais, ou preocupado demais, mas ora, ela estava grávida de um filho meu! Eu não deveria estar assim?! Bem, do mesmo modo, acho que eu ficando mais distante também não ajudaria em nada. Depois de ter andado no acampamento a procura dela e nada, fui me dirigindo em direção ao chalé um, onde era o único lugar agora em que ela podia estar. Antes de entrar dei uma leve batida na porta e a abri, logo vendo ela, sentada na cama. Sorri e fui me aproximando. — Oi. Abaixei-me um pouco para beijá-la e sentei ao seu lado. Só então reparei em como realmente estava, olhando nos olhos dela. Parecia perturbada, assustada. — Algo errado?

jack brown :: filho de ares :: nível 10
Behind closed eyes lie
The minds ready to awaken you
Are you at war with land
And all of its creatures
Your not-so-gentle persuasion
Has been known to wreck economies
Of countries, of empires, the sky is over

---

Assim que ela tentou sorrir e disse aquele "Nada" eu já tinha entendido que era alguma coisa sim. Fiquei apenas sério, com o cenho levemente franzido e não respondi, apenas a acompanhei com os olhos enquanto ia lavar o rosto e depois voltava. Continuei encarando-a e por fim falei com firmeza: — Bethany. Nós estamos juntos, e vamos ter um filho juntos. E esse é um dos piores momentos para você mentir que não foi nada e que foi um pesadelo simples. Não acha um pouco injusto eu ficar sempre disposto a tentar ajudar e me preocupando com você e você não querer dizer nada?! E parei, ainda olhando nos olhos dela e esperando alguma resposta.

jack brown :: filho de ares :: nível 10
Behind closed eyes lie
The minds ready to awaken you
Are you at war with land
And all of its creatures
Your not-so-gentle persuasion
Has been known to wreck economies
Of countries, of empires, the sky is over

---

Por fim ela começou a falar tudo de verdade. Isso já era bem melhor. Fui ouvindo então atentamente cada detalhe do que dizia. Franzi o cenho quando disse sobre o bebê e com o fato de só James vê-la ali. Depois fiquei ainda mais assustado. Pensei um pouco e por fim perguntei: — Você morreu no sonho? Aí então pensei. Sem o cinturão. Poderia nem ter sido um verdadeiro trabalho de parto, porque desse jeito, parecia que alguma coisa a atacou e tudo ocorreu com urgência para que o bebê... Não morresse também. Talvez seja por isso também que eu estivesse sério e até triste no sonho. Engoli em seco, e respirei fundo. — Não... Não tire o cinturão. Jamais. Entendeu? Nunca! O primeiro passo pra esse sonho não ser verdade. Mas... Eu acho que... Você está... Enfim! Nervosa demais com tudo isso.