O Arsenal

Fico um tempo ali, apenas procurando uma arma qualquer de que eu goste. Não que eu não goste de minha adaga; apenas preciso de algo novo. E, assim, fico horas testando várias armas, de espadas à machados, mas não parece haver nada que me agrade. Estou prestes a desistir.

Olho para a garota, que parece já ter tido dias melhores. Depois, volto a observar as armas. Naiely Bertrand. De Apolo, também. Digo, enquanto pego uma lança. Tento lançá-la para algum canto, mas é pesada demais. Pego, depois, algumas facas de arremesso, e jogo-as em uma árvore qualquer. Não é como se minha mira fosse péssima, mas também não é boa. De modo que, apesar de acertar na árvore, sei que foi horrível. Porque tudo isso é tão complicado? Falo, de repente, para Laís. Nem sei porque.

in time we'll kiss the world goodbye, falling down on all that I've ever known, is all that I've ever known

you tell me that you need me then you go and cut me down [...]

Com a garota dizendo seu nome e o seu parente divino, me faz trazer de volta à realidade, então rapidamente largo o espelho em um canto e me viro para ela. Ah, deve ser por isso que eu estava com a impressão de ter te visto antes. - dei um meio sorriso. - Sou a líder do nosso chalé. Depois, encarei-a por um breve momento lançando a lança e em seguida, não indo tão bem, tentar com facas para arremessar lançando-as em uma árvore próxima. Olhando bem, não foi a coisa mais horrível que eu já vi em toda a minha vida em questões de mira, mas por outro lado... Ouvindo sua pergunta, dei uma risada meio baixa e arqueei uma sobrancelha. Não é tão complicado assim, sério, e não estou dizendo isso porque sou boa em armas de longa distância. - afirmei. - A questão em si é a prática, porque você nunca vai conseguir lançar ou arremessar tão bem logo de primeira, ninguém é tão ótimo assim. Enquanto falava, fui rapidamente para o local dos arcos e flechas, analisando-os por alguns segundos, dei um sorriso satisfeito ao achar um ao meu gosto. Era muito similar à um arco coreano, - o que pode ser meio irônico por estar posto em um acampamento grego -, o que dá vantagem por conseguirem lançar flechas de distâncias incríveis. Peguei-o e o segurei firmemente, pensando em depois ter uma conversinha com Bianca, uma amiga que não vejo há realmente muito tempo. Quem sabe, ela por ser filha da deusa da sabedoria, não poderia me ajudar a dar umas melhorias no arco. Eu poderia pedir à um filho de Hefesto, mas, não conheço praticamente nenhum daqui. E se ela conseguisse fazer o que eu dissesse, este arco seria praticamente imbatível e obviamente, eu ficaria devendo muitíssimo a ela. Olhei para minha meia-irmã Naiely. Se quiser, depois, eu posso te dar umas aulinhas de lanças, facas e etc. E com um aceno de cabeça e sem ao menos esperar a resposta, me retirei do arsenal. E bom te conhecer! - gritei de lá fora, correndo até o meu chalé.