Campos de Morangos

Ela carregava consigo uma pequena cesta de madeira; estava no intuito de colher morangos. A única objeção para impedi-la de fazer aquilo era a escuridão, uma vez que já era noite e as nuvens faziam demanda de encobrir a única luz que lhe iluminava, a lua. Entretanto a pequena figura feminina tomou a observar as nuvens não diáfanas na expectativa das mesmas esvaecessem. Tão somente um astro ainda não acobertado pelas nuvens, ele era aparente que, por sua vez, iluminava Alexa. Com agradecimento ela sorriu e deu seguimento a sua caminhada, seus braços balançavam conforme andava, parecendo até dançar. Quando, enfim, deu-se conta que estava sozinha ela voltou-se ao o que interessava, iria colher morangos naquela noite.

Ela havia tomado um susto ao escutar o barulho de gravetos se quebrarem, já não estava sozinha, ela findou. Reparando de soslaio para o canto de recinto Alexa pôde notar que era somente uma campista; que mesmo com face meio amarga ela parecia tentar ser simpática. A jovem garota voltou-se para sua nova companhia e foi em direção, enchendo a passagem de ecos. – Gosta de morangos? – perguntou ela dando ênfase e mostrando sua cesta cheia de morango. A sua nova companhia assentiu levemente como esperasse Alexa apresenta-se, esta acabou um pouco embaraçada e baixou sua cabeça. – Oh, peço desculpas. Sou Alexa Turner, de Ananke. – ela finalizou já pondo a mão nos inúmeros morangos em sua cesta.

Alexa outra vez bateu em si mentalmente, por que não havia oferecido alguns morangos para Freah? Ela balançou a cabeça negativamente, porém sua nova colega não havia notado. – Minha falta de educação é grande, desculpe, mas quer alguns morangos? – ela indagou entregando a pesada cesta para Freah, pôde ver dentro dos olhos daquela jovem o espanto pelo peso da cesta. – Passei um bom tempo recolhendo todos esses morangos, principalmente em uma noite assim. – ela articulou mostrando a neblina baixa que escondia alguns morangos de serem colhidos. – Mas valeu a pena. – ela sorriu e tomou assento onde mesmo estava, suas pernas tinha começado a incomodar.

Ela não queria morangos, Alexa não demonstrou nenhum incomodo, ela apenas riu sabendo que iria sobrar mais para si própria, mas logo em seguida notou que aquilo era gula e tentou dispersar-se daqueles pensamentos. A neblina se estendia até uma boa parte do campo de morangos, era quase impossível ter uma visão totalmente nítida, concluiu Alexa pensativa. Quando, por fim, deu-se conta que Freah já não estava lá, ao mesmo tempo ela acabou tomando um susto com aquilo. – Freah, onde você está? – indagou Alexa estreitando os olhos tentando capturar algum sinal. Ela sorriu ao ouvi um pequeno barulho, Freah não havia abandonado-a. Prontamente Freah fizera uma pergunta para Alexa, à respeito do seu hábito de colher morangos pela noite. Um riso não deixou de escapar dos lábios de Alexa: - Não há nenhuma explicação concreta, porém prefiro ser mais distinta dos outros. – ela sorriu deixando seus lábios carmim entreabertos.