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Mensagem  Administração Ter Jan 18, 2011 2:48 pm

Relembrando a primeira mensagem :

A floresta é tão grande que cobre até um quarto do Acampamento. Lá monstros vivem soltos, por isso, em qualquer visita, vá armado com qualquer instrumento de ataque e um escudo. Vários jogos e atividades são realizados na floresta, e os monstros estão ali justamente para dificultar as coisas.

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Última edição por Narração/Administração em Qui Jul 28, 2011 12:20 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem  Emelinne Wher Ter Ago 19, 2014 9:24 pm




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Emelinne Wher | Daughter of Hades | Level 00

... Andrew está em todos os meus pesadelos.  Sempre que perco a consciência ele aparece, ora mutilando-me, ora destruindo o que restou de mim e, às vezes, ele também agride minha família mortal. E sempre, sempre, sou incapaz de me defender. E defender aqueles que amo. Ele despedaça tudo em mim, tira minha humanidade. Ele me mata aos poucos, acabando com minha mente a cada segundo. Acho que estou delirando. Seria possível delirar durante um pesadelo infernal? Não faço a mínima ideia. Talvez eu esteja perdendo a sanidade, afinal.
... Acordo aos gritos, mal tendo tempo de respirar quando ela soca meu rosto e minha cabeça pende para o lado com o impacto, tonta. Pisco algumas vezes para afastar a tontura, sinto o gosto metálico de sangue e, quando cuspo, penso que talvez tenha perdido um dente. Não me importo. Tenho certeza que não sairei desse inferno de lugar, então pra que me preocupar com vaidades?
... Na verdade, nem sei se ainda estou viva. Ou sã. A dor que sinto talvez seja a única prova de que meu cérebro ainda funcione. E o cheiro, inferno, o cheiro que meu corpo exala me enlouquece. Sei que durante muitas das sessões de tortura eu não suportei a amplitude daquilo tudo e vomitei, além de ter urinado também, e agora que aquilo já esta ali há dias, o cheiro de podridão impregna tudo. Às vezes penso que talvez já tenha morrido e meu castigo tenha sido passar a eternidade apodrecendo nesse inferno. Mas a dor que ela causa em mim é real demais para ser em uma pessoa morta.
... Mal ouço o que ela diz. Independente do que for, não me trará nada de bom. Foco meu olhar em um ponto fixo e tento não desmaiar. Não me lembro da última vez que comi, mas sei que foi há bastante tempo. Todo o meu corpo sofre os efeitos dessa privação: meus ossos estão à mostra - não exageradamente, mas estão -, tenho dificuldade em ficar acordada, meu estômago reclama violentamente, causando uma grande dor. Não sei se aguento isso por muito tempo mais.
O brilho de sua lâmina chama minha atenção. Quando ela se ajoelha e me amordaça, impulsiono o corpo para frente, mas as amarras impedem-me de alcançá-la. Sinto algo diferente em seu olhar e quando ela começa a ferir minha barriga – até agora, a única parte intacta do meu corpo - sei que algo está diferente. Meu desespero aumente conforme a dor aguda me atinge, ramificando-se pelo meu abdômen. Grito o mais alto que posso e o som propaga-se alto mesmo com a mordaça em minha boca. Não percebo o que acontece até ela abrir o vidro que carregava e jogar o líquido nas feridas recém-abertas.  A dor que sinto é estupidamente grande, como se animais carniceiros estivessem arrancando pedaços de mim. Grito até perder a consciência.
... [...]
... Sinto a agulhada em meio à inconsciência e então uma onda de energia pura se espalha pelo meu corpo. Meu coração acelera tanto que chega a doer. Mas isso não importa, porque a sensação que tenho é de que minhas forças estão completamente renovadas. Grito, mas pela primeira vez não é de dor, e sim, de raiva. Olho em volta e ela não está aqui. Puxo os braços violentamente, tentando me livrar, e a dor que sinto ao forçar as amarras é insignificante. Então eu vejo, na entrada do meu inferno particular, Andrew.
... Tudo o que sofri nessas últimas semanas aflora em mim e a única coisa em que penso é em fazê-lo sofrer. Ele se aproxima e vejo nojo em seu olhar, provavelmente pelo estado em que estou. Sinto tanto ódio que penso ser capaz de arrancar a cabeça dele com as mãos. Não me importo com suas lágrimas, suas palavras, ou qualquer merda que ele fizer. Ele me colocou aqui, me fez sofrer e não teve nem a dignidade de fazer isso ele mesmo. Andrew não merece meu perdão ou minha compaixão. Ele não merece nada.
... Grito, mas espero ele me soltar. Meus braços pensem ao lado do corpo, em um momento de fraqueza. Quando ele tira a mordaça, finalmente explodo. Seu maldito! Monstro covarde e miserável! Eu odeio você, odeio! Isso é tudo culpa sua! Grito a plenos pulmões, pouco antes de lançar meu corpo moribundo sobre ele. Sinto fogo em minhas veias e uma força descomunal surge, cuja intensidade eu jamais sonhara em possuir. Derrubo-o no chão e caio por cima dele. A expressão em seus olhos é de puro espanto. Imagino como devo estar parecendo. Suja com sangue e detritos, o cabelo bagunçado e cheio de nós, a expressão animalesca que sei que possuo nesse momento, o corpo mutilado e as roupas íntimas tão sujas quanto meu próprio corpo. Ele fez isso comigo. E eu o odeio mais do sou capaz de expressar.
... Parto pra cima dele com as unhas imundas, arranhando seu rosto, enquanto grito. Foi você quem fez isso seu imundo miserável! Eu vou matar você! Covarde. Verme. Bastardo! Eu odeio você, odeio mais do que qualquer coisa! Minha garganta dói por causa dos gritos e tenho sangue nos dedos, mas não sei se é dele ou meu.  Meu coração se contrai e sinto uma dor aguda no peito. Eu a ignoro o melhor que posso e concentro-me nele. Esperei esse momento por tanto tempo e agora que o tenho não consigo parar de pensar que talvez seja só uma alucinação. Mas, se for, vou aproveitá-la o máximo que puder e fazer Andrew sofrer tanto quanto eu.
 

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Mensagem  Andrew Bowman Dom Ago 31, 2014 11:29 pm

It's to be a cold night

Andrew Bowman ¢ Hades ¢ 10
  Uma dor descomunal tomou todo o seu corpo. Inundando suas veias com sangue negro, e irrigando cada parte de si com o escarlate apodrecido. Cansara-se dos dramas, dos devaneios e das enganações. Não sabia se a tal dor era física, ou figurada, mas doía. Ardia cada parde de si como nem cristais de capsaicina poderiam fazê-lo.
  Indecífravel, indescritível pudera ser a animalesca semideusa que se sobrepujava em seu corpo, arranhando sua hipoderme, adentrando a carne viva e fazendo-lhe escorrer o sangue até o pescoço. Vociferava chingamentos cada vez mais pútridos.
  Doíam-lhe os ferimentos, sim, todavia, mais que o sangue, lhe escorriam sentimentos desenfreados. Latejavam em seu corpo o ódio, a vingança, a dor, e o desapontamento. A carne fraca, o rosto macilento. Ser ínfimo, diminuto, inconsciente e incapaz de se lavrar daquela situação dramática.
  Reuniram-se as forças que o restavam subcutâneas à carne clara, atingindo a filha de Hades num só golpe abaixo do tronco, sobrepujando-se acima dela. Olhando-a nos olhos. - Estou cansado de todo esse drama. - Bravejou. A voz grossa e imponente. A semideusa jazia imobilizada abaixo de Andrew que a olhava com os olhos ardentes.
  Não a abandonaria ali, tampouco a machucaria, mesmo que possuísse a oportunidade capacitada para fazê-lo, mas pelo contrário, sabia que era incapaz de atingi-la mesmo em seu eu mais íntimo e destrutivo.
  Era ser incapaz de agir, pensar ou distinguir o certo do errado. Era fraca e impotente, como Andrew fora. Se lhe restasse um pouco de compaixão, externá-la-ia em todos aqueles instantes silenciosos - como um domingo - que se seguiam.
  Uma brisa forte batia, indicando a chegada da madrugada, enxugando-lhe as perspectivas de persuasão, mas não encaminhava-se ali à esmo. - Você pode morrer como um bicho rele e podre nessa caverna, ou pode ter um lampejo de sanidade e seguir comigo. Já não é mais meu dever lhe orientar. - Concluiu, fortemente, enquanto se punha ao lado de Emmeline, dando-lhe a oportunidade para ponderar a situação. Ainda lhe restava sanidade.
  No entanto, sentia-se impotente. Portava o florete, mas não a atacaria. Era o poderoso filho do Deus da morte, mas não a mataria. Amor e ódio também estancam.


Andrew Bowman
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Mensagem  Emelinne Wher Seg Set 01, 2014 1:02 am




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Emelinne Wher | Daughter of Hades | Level 00

... É difícil traduzir em palavras o que sentia naquele momento. Foi como se tudo estivesse desmoronando sob meus pés mais uma vez e eu não pudesse fazer nada para impedir. Era estranho, mas eu havia feito em minha cabeça um roteiro para aquilo tudo e nada aconteceu conforme o previsto. Na minha cabeça, ele revidaria e gritaria, tentaria se explicar e diria que nunca teria sido capaz daquilo que eu o estava acusando, e que sentia muito. Pensei que ele tentaria me consolar, ou me acalmar, e cuidaria de mim mesmo contra minha vontade. Jamais havia suposto que ele agiria como agiu e era estranho, mas acabava comigo. Eu queria alguém pra culpar e Andrew era o mais fácil, pois antes eu sentia que era capaz de magoá-lo ao menos um pouco, mas agora percebia meu equívoco. Ele era mais forte do que eu jamais seria e, bem lá no fundo, eu sabia que havia acreditado em uma mentira. Mas era tão mais fácil culpa-lo, tão mais fácil colocar nele toda a responsabilidade por aquilo tudo, em vez de culpar quem havia feito aquilo comigo, aquela maldita.
...Mas isso não significava que eu não estava com raiva. Ele me colocou no chão e tudo o que eu conseguia pensar era que sentia mais raiva do que era capaz de suportar e o pior era que não sabia mais a quem direcionar tudo aquilo. Sua voz grave me intimidou, mas a força que eu consegui há pouco, aquela energia nas veias, bem, aquilo não havia desaparecido. Estava lá, pulsante, fazendo-se sentir e me dando coragem e força o suficiente para não desviar meus olhos dos dele. Meu coração literalmente doía e a dor propagava-se pelas veias, espalhando-se pelo corpo.
...As coisas que ele dizia me machucavam tanto quanto lâminas e eu só queria gritar e extravasar tudo aquilo. Tudo estava acontecendo tão rápido e eu não conseguia mais associar as coisas direito, minha cabeça latejando com o esforço. Eu me sentia tão ínfima, desnecessária, inútil e tudo o que eu queria era chorar até minha vida acabar, ou eu acordar daquele pesadelo. Acho que o modo como ele agia me machucava tanto porque era a última coisa que eu esperava de alguém que se importasse comigo. Eu sentia que ele não se importava e isso me destruía e dilacerava.
...Estava tão confusa e atordoada que mal senti quando ele saiu de cima de mim. Olhei para cima e encarei o teto daquele lugar miserável, com todos os pensamentos passeando por minha mente ao mesmo tempo. Que bela cena você fez, pensei, em certo momento. Minha expressão aos poucos foi mudando, transformando-se em incredulidade por toda aquela situação, meus suspiros tentando evitar o choro. Algumas lágrimas, porém, escaparam e escorreram pelas laterais do meu rosto, traçando caminho em meio à sujeira. Meus braços pendiam ao lado do corpo e as pernas, antes com os joelhos elevados, agora estava caídas, inclinadas para a direita. Minha respiração acelerou por um tempo, mas aos poucos se estabilizou novamente, e a serenidade que sentia era como a de uma praia um dia após a tempestade.Tudo estava destruído, mas parecia tão calmo que era como se não houvesse acontecido nada.
...Inspirei e soltei o ar pela boca, sentindo a energia deixar-me pouco a pouco e meu corpo cansado de tudo aquilo doer mais a cada segundo. Em um movimento quase cadavérico, levantei o braço esquerdo lentamente, apoiando-o na barriga e ao sentir a ardência, lembrei-me dos retalhos que ela havia feito na minha barriga. Outra lágrima escapou. Aquilo não iria terminar nunca? Eu só queria que terminasse. Elevo o braço ao nível dos olhos e vejo-o sujo com meu sangue; e os dedos, com o de Andrew.
...Não sei se sou capaz de suportar tudo isso. Digo finalmente, minhas voz embargada e as emoções tomando conta de mim. Penso em como queria ser forte, em como queria ser capaz de enfrentar tudo aquilo e sair de cabeça erguida. Mas eu não era assim. Eu era fraca e sabia bem disso, e Andrew também sabia. Ele estava sentado ao meu lado e eu invejava tanto a força que ele demonstrava que era quase palpável. Abaixei o braço e lentamente o arrastei até sua mão, com meus dedos trêmulos tentando segurar os dele. Quando finalmente consegui, desviei meus olhos das nossas mãos e voltei-os para os olhos dele. Ele é um verdadeiro filho de Hades. Eu sou apenas uma criança patética.
...Eu não sei o que fazer. Desabafei, as lágrimas saindo com tanta força que eu não conseguia mais controlá-las. Minha mão apertou forte a dele e eu estava prestes a falar algo quando senti a dor horrível em meu peito. O grito que emiti foi tão alto e repentino que pude ver a surpresa nos olhos dele. Minhas mãos subiram instintivamente para o lado esquerdo do peito, onde doía e eu me contorci violentamente. Sentia espasmos logo abaixo do peito e pontos pretos começaram a surgir em minha visão, assim como a respiração fraca e difícil e suor frio. Não conseguia pensar muito bem e não percebi quando minha mão, que antes apertava a dele com muita força, soltou-se e caiu no chão novamente. Na verdade, eu não sentia mais nada no lado esquerdo do meu corpo. An-Andrew! Esforcei-me ao máximo para dizer. Minha cabeça girava e meus olhos perderam o foco.  Lembro bem de pensar que aquela sensação era a de que, finalmente, meu coração estava descansando.

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Mensagem  Andrew Bowman Seg Set 01, 2014 8:00 pm

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Andrew Bowman ¢ Hades ¢ 10
    Ninguém é capaz de suportar a vida. Nem mesmo o ser mais capacitado, forte e pueril pudera fazê-lo. Nem mesmo o filho de Hades possuía os músculos necessários para aquele fato. Não era de se esperar que exigisse-o de Emmeline.
  A semideusa se confessava, fazendo-o lembrar de antigos anos na catedral, quando os problemas eram tão poucos que pareciam gigantes. Quando era, de fato, diminuto, e tudo tão enorme. Quando seu ego transpassava dores que outrora eram sucumbidas pelo desejo de ser algo mais além. Sua irmã o fazia lembrar de como já fora há anos que se pareciam milênios vistos de cima. Agora, jazidos ali na caverna, como enterrados, uma certa tranquilidade passível de arrependimento se instalara no ar.
  Nenhum de nós sabe o que fazer. As reflexões da semideusa iam cada vez mais o empurrando jazigo abaixo. Infância adentro. No ser impotente que fora, palpável de todos os prazeres que lhe podiam oferecer.
  Empurrava-o também para o Andrew que tornara-se nos últimos anos. Amedrontado pela possibilidade de fraqueza, construíra uma casca impenetrável, diamantizada, à prova de balas, cujo peso carregava nas costas mar adentro, atirando-se em um infinito de possibilidades que rompiam os devaneios das madrugadas, tiravam-lhe o sono, e acarretavam-lhe mais confusões.
  Ponderava Catherine, Violet, Suzannah, Ellenore, Bree, e todas essas que ,de algum modo, rompiam um fragmento de sua vida, fazendo construir-se ali um outro cada vez mais forte. Cada vez mais rígido.
  Via nos olhos de Emmeline, a Violet que não pudera salvar, acariciando seu rosto enquanto a moça pouco a pouco desfalecia em seus braços.

UM GRITO.

Irrompendo a calmaria de dez segundos, o grito fino amedrontou o filho de Hades, apressando-o em agarrar Emmeline nos braços. - Mas que merda! - Bravejou, enquanto ajeitava a semideusa em seus ombros.
  Talvez fosse mesmo o filho da morte, pois onde quer que estivesse, ela o atingia em cheio, farejando seus retalhos de carne viva que deixava em cada alma que era levada. Estava exausto de carregar nas costas o peso de tantas almas. - Você não vai morrer. Não assim. - Sibilou, enquanto partia dali em velocidade, tropeçando nas raízes interpostas pelo caminho. "Por favor" implorou, finalmente, fitando, não o chão, mas o mundo de onde seu pai provavelmente esperava ansioso pela chegada de mais um.


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Mensagem  Georgia Bricks-Stroke Sáb Set 06, 2014 4:00 pm

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Meu primeiro dia no acampamento não foi nada agradável. Comecemos pela parte em que cheguei ao chalé 4.
No chalé eu fiquei com a pior cama, ela localizava-se em uma posição do quarto que a luz do sol não batia; meus irmãos e irmãs não falaram comigo e alguns até me olhavam torto. De manhã, no refeitório, os outros semideuses olhavam e cochichavam a meu respeito. Eu não gostava daquilo, não gostava nem um pouco de chamar a atenção dos outros. Como era meu primeiro dia deixaram-me livre dos treinos na parte da manhã para que eu pudesse explorar a área. Passei por todos os locais do acampamento e deixei para o final a melhor parte: a floresta. Avisaram-me que monstros habitavam a área eu deveria tomar cuidado. A floresta era arejada e cheia de cores e sons. Imediatamente tirei meus sapatos e subi em um tronco que estava caído no chão, uma das extremidades estava apoiada em uma árvore larga e alta; a outra em uma rocha. Rodopiei sob o tronco e com um salto atingi o solo novamente. Deitei-me para que pudesse observar o céu. Ele estava cheio de nuvens nimbos. “Magnífico”, eu pensei. De repente um barulho formou-se no ar, era agudo, intenso e parecia-se com um choro. Levantei-me e segui a trilha de sons agudos até sua origem.
Ele parecia estar ferido, havia um corte em uma de suas patas. Aquela criatura deveria ser um cão infernal; tricéfalo, com os pelos negros e as presas afiadas amedrontadoras. Aproximei-me dele, meus olhos estavam fixos nos seus na tentativa de estabelecer uma mensagem de que eu não iria apresentar-lhe nenhum perigo. Ele deitou sua cabeça na grama úmida e verde enquanto eu pousava minha mão em uma de suas cabeças com um gesto calmo de carícia. Olhei para seu machucado que estava soltando leve fluidos de sangue não tão avermelhados; rasguei um pedaço do tecido da minha saia e enfaixei sua pata. Ele olhou-me nos olhos e sua expressão mudara do calmo para o malicioso, meus olhos ficaram paralisados assim como meus músculos; a criatura havia me enganado, fingindo estar machucada para chamar minha atenção e então atacar-me. Fora tudo muito rápido, o cão me dera uma cabeçada arremessando-me para longe. Antes de colidir-me com o solo eu havia batido minhas costas em uma árvore rígida que fez com que minhas costelas pulsassem de dor. Minha cabeça latejava e um líquido frio escorria em meus lábios, levantei-me e peguei uma de minhas adegas, que estavam presas na parte de cima de minha saia, meus olhos já não transmitiam mais mensagens calmas e solidárias; eu fora boba e estúpida e estava com raiva, muita raiva. Em seguida nossos corpos corriam na mesma direção, mas em sentidos opostos ; iriamos nos colidir. “Porque não sai correndo?” Eu pensava em frações de segundos enquanto corria na direção de uma futura colisão com uma criatura duas vezes maior e mais forte do que eu. A colisão fora pior do que eu pensara, fui arremessada novamente contra a árvore rígida, o impacto deve ter ocasionado milhões de sensações ruins em meu cérebro que estava tonto e confuso. Olhei para minha mão esquerda, “Sucesso”, a adaga não estava mais sendo segurada por ela; estava cravada no meio da garganta da cabeça principal do monstro. “Touché”. Levantei-me e andei de volta para meu chalé; troquei minhas roupas e fiz uns curativos, em seguida decidi ir para meu primeiro treino; estava mais preparada do que nunca.
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Mensagem  Harley Tuckson Qui Set 11, 2014 11:36 pm

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Faltavam poucas horas para o amanhecer quando cheguei ao acampamento, então achei que ninguém estaria ali por perto. Ainda bem que aquela garota meio esquisita, Georgia, estava perambulando pela floresta naquele exato momento, pois ela me ajudou com algumas informações como onde era o Chalé de meu pai, Caos. Depois que a agradeci fui direto para o chalé. Todos estavam dormindo, olhei em volta e procurei a cama mais afastada de todas. Era estranho dormir em um quarto com meus meio irmãos e irmãs que eu nem conhecia. Uma espécie de alarme tocou pela manhã e todos estavam levantando e se arrumando. Acho que eles nem me perceberam, pois ninguém estava me olhando. Após eu sair do refeitório fui explorar o local para conhecê-lo melhor. Avistei Georgia novamente na maldita floresta. Ela estava sentada em um dos galhos de uma árvore alta e velha, ao me avistar ela saltou e sentou-se no chão pedindo que eu sentasse também. A grama era úmida e transmitia uma sensação refrescante. Até que a maldita floresta era bem legal. Perguntei a ela sobre os treinamentos e ela me contou que em apenas um dia de acampamento havia treinado/duelado duas vezes. Podiam-se ver as marcas de agressão em seu rosto e corpo. Passamos o resto da manhã andando pelo acampamento. À tarde eu queria lutar, brigar com alguém e sair vitoriosa, é claro.
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