Arena de Combates

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Going back to the corner where I first saw you
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Gonna camp in my sleeping bag I'm not gonna move

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Via uma pequena figura feminina próxima a mim quando saía das sombras das árvores. Minha sombra. Minha companhia naquela manhã. Aquilo não era uma novidade para mim, a solidão estava comigo desde que havia nascido. Em uma tentativa vaga de encontrar uma resposta em relação ao que me atormentava comecei correr errante. Sentia o laço que adornava minhas madeixas desprender-se e perdesse nas correntes de ar. Poderia voltar para recuperá-lo, mas minha mente estava em outra coisa. Eu estava confusa sobre tudo não conseguia ao menos estabelecer uma conclusão sobre meus sentimentos, não conseguia entendê-los ou ao menos domá-los para meu bem estar. Poderia suspirar diversas vezes na expectativa de afastar os pensamentos que me perseguiam, mas não adiantava e eu sabia disso. Fechei meus próprios olhos e tornei a andar, eu seria guiada por mim mesma para qualquer lugar. Meus pés começaram a formigar de tanto andar, parei e abri meus olhos vendo-me em um lugar que desconhecia. Era uma Arena de Combates. Combates aquela palavra fez-me estremecer e perder a estabilidade caindo em meus próprios joelhos, não gostaria de declarar aquilo, mas sentia medo. “Sabe, Tyler não vai está com você 24h por dia, e ao contrario do que ele diz, você não é tão forte quanto imagina”, palavras proferidas pela própria Hanna começavam a assombrar-me, um peso sobre mim. Ao invés de melhorar a situação entre ela e Tyler, eu havia colocado lenha na fogueira. A culpa me devastava, voltei a fechar os olhos e encolher-me com medo, como fosse uma criança assombrada. Isso não era o pior, o pior era que não queria Hanna por perto. Eu sentia algo novo alastra-se em mim quando estava na presença de Tyler e provavelmente era aquele “algo novo” que vinha atiçando a raiva de Hanna. Ela havia descoberto desde o modo que olhava para Tyler, escondendo meu olhar temendo algo. – Você gosta dele, não é? – perguntei-me. Mas balancei negativamente, não gostava dele. “Mentira”, minha cabeça palpitou. [...] Havia-se passado um tempo, não era mais manhã. O horizonte estava laranja, estava de tarde. Deitei-me em uma das filas de arquibancada, o tempo passava pelos meus olhos. “Você terá que mover-se, Alexa. Nada cairá do céu”, alguma coisa alertou-me. – Não, eu sei disso. – “mas não sei o que fazer”, concluí nos meus pensamentos. O ato de em uma hora para outra chegar no chalé de Hefesto e encontrar Tyler e declarar que sentia algo por ele? Era o que deveria fazer? – Claro que não! – respondi socando o chão. Olhei para o horizonte sem nenhuma respectiva ideia, só esperava que com aquela confusão toda doravante tivesse uma meta do que fazer. Não sabia quando tempo iria ficar imóvel, deitada na arquibancada. Em alguns instantes abri meus olhos observando o céu laranja. De um tempo para cá, eu própria me estranhava. Felizmente ou infelizmente aquela tarde não fora nada produtiva, os fatos que sucederam essa não passavam de meras lembranças indistintas. [...] Passava-se das duas horas da tarde quando minha cabeça voltara a pensar claramente, me endireitei prestes a sair do âmbito. Entretanto ter que enfrentar o caminho da Arena de Combates até o meu chalé não era uma tarefa muito fácil. A Arena de Combates assemelhava um corredor hospitalar, o silêncio abafava todo e qualquer barulho, isso me fizera enfatizar como estava sozinha naquela determinada hora. ∞

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Alexa Turner ∞ Daughter of Ananke ∞ 00

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“Estúpida!”, minha própria voz gritou comigo mesma. Fui tão estúpida ao ponto de gritar comigo em voz alta, contive a vontade de própria me estapear, no entanto aquela seria um caráter que poderia atentar um susto em Freah. Ela poderia classificar-me como insana e não desejava isso para mim. Esforcei-me para sorrir para Freah, contudo ela já deveria ter apontado que o meu dia estava cinza distinto dos dias antecedentes. – Oi Freah. – cumprimentei-a movimentando a cabeça positivamente. Eu iria desconversar sobre aquele assunto, preferia mantê-lo em particular, não ambicionava que isso chegasse aos ouvidos de Tyler. Chegando assim estaria bastante claro que sentia algo por ele. – Um garoto que conheci e sua ex-namorada me ameaçou, tão somente. – rematei agora mudando minha postura. Qualquer vestígio de importunação havia desaparecido da minha face como uma agilidade instantânea. – E como vão as coisas para você, Freah? – averiguei mostrando um pouco de curiosidade, já se fazia um determinado tempo que não encontrava-me com ela. Eu sabia que devia um pouco a Freah, ela fora uma das primeiras pessoas que havia conhecido ao ingressar no Acampamento e uma das poucas a fazer questão em falar comigo. ∞

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Balancei a cabeça negativamente. – O pior que não. Eu não tinha feito nada, apenas queria ajudá-los naquela situação e ela pensou que eu gostava dele. – fiz uma careta. Hanna havia pensando corretamente, eu só não iria admitir aquilo tão cedo. As coisas caminhavam tão fáceis para mim até meter-me em uma confusão de casal. “Para quê foi bisbilhoteira, Alexa?” e novamente algo me certificou que havia cometido um erro. – Será? – indaguei sozinha. Pela expressão de Freah notei que ela não havia entendido nem a metade da história, suspirei satisfeita com aquilo. – Eu estou confusa. Não sei interpretar meus sentimentos, não sei o que devo fazer. – concluiu erguendo a cabeça para admirar o anoitecer. – Eu acredito que gostar de uma pessoa deve ser parecido como pular de um edifício alto. Seu cérebro diz que não é uma boa ideia, porém seu coração te certifica que você pode voar. – rematei caindo nos meus próprios joelhos temendo de um futuro problema. ∞

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Revirei minhas orbes um pouco desapontada com as palavras rudes de Freah. Era uma das razões que não queria conversar sobre aquele determinado assunto, não eram todos que conseguiam me compreender. – Não precisa usar esse artifício de ser grossa ou zombeteira. – proferi um pouco sentida. Realmente não fora uma boa ideia ter começado a desabafar com Freah, ela sempre tinha aquela aparência de fria e calculista como não houvesse um coração batendo em seu peito. – O nome dela é Hanna. – disse sem interesse, não tinha nada contra aquela campista. Ela havia sido uma namorada de Tyler, mas em momento algum tive uma ponta ciúme ou inveja, eu apenas me admirava como ela havia sido estúpida em trair Tyler. Balancei a cabeça tornando meus pensamentos em fumaça. ∞

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Estranhei um pouco a mudança repentina do comportamento de Freah. – Sim, o nome dela é Hanna. – balancei a cabeça positivamente ressaltando aquilo. A expressão de Freah carregava um quê de nervosismo, só não conseguia juntar as peças do quebra cabeça. Tudo aquilo se mantêm em uma enorme incógnita. – Por que? – indaguei um pouco curiosa com a postura de Freah diante proferi o nome da ex namorada de Tyler. – Não diga que você a conhece. Ou se ela fez algo contigo! – disse um pouco alto demais, não tinha nenhum problema com Hanna e entendia suas atitudes após ver-me no chalé de Hefesto, mas se ela tivesse feito algo parecido com Freah? Seria seu comportamento que era assim? ∞

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