Arena de Combates

Bree sentiu o gosto do sangue em sua boca e surpreendentemente sorriu. Queria assustá-lo, e aquilo pareceu funcionar. Ele investia e Bree desviava de quase todos os golpes. Porém o semideus logo notou seu erro e começou a se acalmar, atacando-a com mais civilidade (se é que isso é possível). Seus golpes eram certeiros e Bree estava com dificuldades para desviar. Porém conseguiu fazer um profundo corte na têmpora do garoto, fazendo com que saísse muito sangue. Bree sentia-se exausta pelos movimentos repetitivos e pelo peso de sua faca, que naquele momento parecia ter duplicado. Porém sentia-se eufórica ao ver os machucados do filho de Hades, que estava um pouco pior do que ela. Então uma ardência tomou conta do pequenino corpo da semideusa, fazendo com que ela tomasse conhecimento dos vários cortes que ele havia desferido contra ela - e acertado. Raivosa, Bree foi contra Andrew, chutando-o na barriga e desferindo vários golpes com sua faca. A agilidade do filho de Hades havia aumentado, e Bree temia isso. Ele desviava de alguns, mas não de todos. Parecia um pouco tonto pelo corte de Bree em sua têmpora. Percebendo isso, Bree foi contra ele e conseguiu enfiar sua faca no ombro dele. O garoto gritou de dor e tentou de todo modo atingir Bree com seu florete, porém fez apenas um corte mediano em sua panturrilha. Já a filha de Nêmesis, estava retirando sua faca do ombro dele com lentidão cruel, observando-o gritar ao tentar parar o sangramento. Bree afastou-se alguns metros, sentindo apenas naquele momento toda a dor dos golpes de Andrew. Mas ela não desistiria. Não até que tivesse matado o filho de Hades.

Bree sentiu a mais excruciante dor percorrer seu pequenino corpo quando Andrew enfiou seu florete no abdômen dela. Sentiu-se pior ainda quando ele pressionou o pescoço de Bree, fazendo-a parar de respirar. Desesperada, Bree fez um corte no pulso dele, não muito fundo apenas o suficiente para que ele pudesse largá-la. Depois disse sentiu-se inútil, com a dor percorrendo-lhe inteiramente. Cheia de raiva e com um corte no abdômen, Bree desferiu seu ultimo golpe contra Andrew. Sua faca perfurou o braço dele, atravessando-o completamente. A lâmina estava suja de sangue, assim como o corpo de Bree. Ela girou sua faca e abiu mais ainda o ferimento. Os gritos de dor dele apenas aumentavam e em certo momento ele soltou seu florete. Bree chutou-o com toda a sua força, fazendo-o cair de costas no chão. Ele tentou se defender, chutá-la e tirá-la de cima dele, porém o máximo que conseguiu foi fazer uma poça de sangue ao lado de seu braço. Bree sorriu vitoriosa e por um momento ignorou a dor. Estava satisfeita. Ele morreria. O maldito semideus morreria. Tudo agora dependia do quanto Bree aguentaria enfiar a faca em seu peito. Não seria difícil e Bree não hesitaria em matá-lo. Nop fnal eu vnci groto. Falou, de jeito estranho devido ao corte no lábio. Ela sorriu novamente, certa de que nada poderia impedir sua vingança contra o filho de Hades.

Fui até a arena para treinar, mas o que vi ali não era um treino - e estava muito, muito longe de ser um. Duas pessoas lutavam, mas com ódio nos olhos, completamente sujos de sangue e feridos. Por fim, a garota derrubou o garoto com quem lutava e ficou sobre ele. Assim que percebi o que ela iria fazer, soltei um grito. A atenção da garota foi desviada e corri para perto, ainda com a espada na mão. Ela iria matá-lo, disso eu tinha certeza. Eu não podia hesitar, se a enfrentasse. Ela iria me matar se pudesse, e eu não hesitaria em matá-la. Ela deu um soco na barriga dele para certificar-se de que ele não levantaria e então levantou-se e veio em minha direção, com a faca suja de sangue. Assim que estava perto o suficiente, a garota desferiu golpes contra mim, cortando meu braço. Sem muita agilidade, eu estava sendo ferida. Peguei a espada e desferi alguns golpes contra ela. Só os acertei porque ela estava cansada e ferida, mas mesmo assim ela desviava e desferia golpes contra mim. Minha principal preocupação, no entanto, era naquele garoto.

Bree sentiu a raiva percorrer seus pensamentos ao ouvir um grito. Ela estava tão perto, tão perto... Mas a maldita garota a havia atrapalhado. Com raiva, Bree socou o estomago de Andrew para garantir que ele não se levantasse. Fraca e ferida, Bree foi com toda a sua raiva contra aquela garota, desferindo alguns golpes contra a mesma. Alguns dos golpes da garota acertaram a filha de Nêmesis, devido a seu estado. Mesmo assim, Bree desferiu alguns golpes contra a garota. Pelo que parecia ela não era muito experiente com espadas, o que facilitou o trabalho de Bree. Fez um corte profundo no braço dela, e sentiu a ferida em seu abdômen sangrar. Com um golpe desajeitado da garota, Bree sentiu sua perna direita doer loucamente. Quando olhou, percebeu que a espada dela havia se fincado em sua perna. Sem alternativa melhor, Bree caiu de joelhos e socou a perna da garota, fazendo-a cair também. E daquele modo, ajoelhadas frente a frente, Bree enfiou sua faca profundamente na coxa dela. Os gritos de dor eram extremamente altos, e Bree gostou daquilo. Porém tinha a certeza de que a garota a impediria de matar o filho de Hades. Olhou para ela, que estava caída no chão, tentando estancar o sangue e com muita raiva chutou-a, e depois pisou em sua coxa machucada. Vadia! Ela gritou, com os lábios melhores. Eu ainda vou matar você. Espere para ver! E com isso, Bree pegou sua faca e fugiu dali.

A garota fez um corte profundo contra em meu braço, fazendo sangrar muito. Seus golpes eram ágeis apesar de seu estado, mas mesmo assim consegui fincar minha espada em sua perna, fazendo-a urrar de dor. Eu estava assustada e com medo, afinal ela havia conseguido neutralizar um garoto bem mais velho que eu. Tentava apenas de me defender, impedir que seus golpes mortais me atingissem. Porem assim que acertei sua perna, ela socou a minha e eu cai de joelhos, com câimbra no músculo, provavelmente. E me olhando nos olhos, a garota ficou sua faca em minha coxa, profundamente. Tudo doía e o sangue jorrava descontroladamente. Caí no chão, tentando tapar com a mão o ferimento. Ela estava quase desmaiando de fraqueza, mas mesmo assim ainda me chutou antes de fugir. Por mais que sentisse dor, suas ameaças ainda ressoavam em minha mente. Naquele momento, a dor era maior do que qualquer outra coisa que eu já havia sentido. Assim que a vi fugir dali, meio se arrastando meio correndo, rastejei até o local onde o garoto estava. Olhei para ele, analisando seus ferimentos. Eu vou te ajudar, prometo. Sussurrei.

Cheguei ali com Violet e começamos a treinar. Seus golpes eram rápidos e ágeis, mas ela não tinha muita intimidade com facas. E estas eram, por curiosidade, minha especialidade. Comecei a desferir vários golpes contra ela, fazendo pequenos cortes em sua mão e no braço que segurava a adaga. Ela fez em contrapartida alguns cortes em meu braço esquerdo. Desviei de alguns golpes, mas não da maioria deles. Continuamos com aquilo, tentando ao máximo fazer cortes e imobilizar uma à outra.

Urrei de dor quando Violet enfiou sua adaga em minha coxa. Porém tentei controlar-me para não bater nela. Violet era legal, mas havia enfiado uma faca na minha perna. Digamos que esse não seja um ótimo modo de começar uma amizade. Ela me ajudou a levantar e quando eu estava em pé dei uma rasteira na filha de Afrodite e a fiz cair no chão. Isso é pela minha perna. Tá doendo. Reclamei, rindo. Então começamos novamente com os golpes até que uma garota chegou. Era alta e loira, mas parecia não fazer a minima ideia de onde estava ou o que era. Prazer, sou Emelinne Wher. Mas pode me chamar de Emmy. E você é...? Me apresentei com um sorriso. Bem, seja bem vinda ao Acampamento Meio-Sangue. Aqui é onde todos nós filhos de deuses com humanos treinamos, vivemos e temos proteção; e todo esse blá-blá-blá. Resumindo: Seu pai é um deus grego. Tipo Zeus, Ares, Hermes e etc. Eu sou filha de Hades, deus dos mortos e do mundo inferior. Esta aqui é Violet, filha de Afrodite, a deusa da beleza e do amor. Digamos apenas que você é uma menina problemática, disléxica, que tem déficit de atenção com hiperatividade, estou certa? Bem, se estiver, seja bem vinda ao mundo dos semideuses. Sorri. Então vi um garoto se aproximando. Ele acenou para Violet e logo depois se juntou a nós. Olá. Sou Emelinne Wher, filha de Hades. E você é?

Violet pareceu conhecer o garoto que se aproximou, mas ele não se apresentou. Apenas sorriu e depois afastou Violet, reclamando de dores. A garota nova, Megan, se aproximou de mim enquanto o drama de Violet e o garoto novo se desenrolava. Ao ouvir os comentários de Meg, sorri. Não era fácil para nenhum de nós o que acontecia, sempre tínhamos problemas e essas coisas. E ela ainda não sabia nada sobre isso. É sempre complicado. Passamos a vida toda achando que nosso pai ou mãe está morto e de repente descobrimos que ele é um deus. Mas logo você se acostuma. O Acampamento é legal, até. Tirando os loucos de plantão, que resolvem acabar com nossa paz. Mas logo você se acostuma. Sorri. Ao ouvir a pergunta do garoto, reforcei-a:Você sabe de quem é filha?

Virei-me para Megan. Você vai ficar no chalé de Hermes então. É lá que todos os indefinidos ficam. Depois eu te levo lá. Sorri para ela. Então do nada aquele garoto jogou suas muletas no chão e correu até mim, gritando meu nome e me abraçando fortemente. Violet recolheu as muletas dele do chão, como se fosse uma serva, e seus olhos se estreitaram quando o garoto me abraçou. Quando ele se afastou, comecei a rir, ainda sem saber o que estava acontecendo. Sim sou eu! Gritei, ainda rindo. Ele bagunçou meu cabelo e me abraçou novamente, como se fosse um alívio para ele me ver ali. Quando ele encerrou o abraço, minha face era de pura confusão. Ela quem? Perguntei, franzindo a testa. Olhei parta Meg em busca de alguma ajuda, mas ela havia acabado de me conhecer, portanto não iria saber ao certo como agir.

Ao ouvir as explicações dele, meu sangue gelou. Havia ouvido comentários sobre o corpo queimado que fora deixado na área dos chalés. Fora uma crueldade extrema. Ao saber que quem quer que tenha sido o assassino daquela garota queria me matar, fiquei assustada e mais confusa ainda. Como assim?! Gritei, um tanto histérica. Por que essa garota quer me matar?! Comecei a chorar de nervosismo. Não sei porque, mas meu instinto foi me aproximar mais de Meg ao ouvir aquilo. Talvez seja porque eu me dera melhor com ela do que com os outros. Ele falou sobre a luta entre ele e a garota e falou sobre minha faca também. Eu ainda não havia dado falta dela, mas assim que ele falou entrei em pânico. CADÊ A MINHA FACA?! Gritei, realmente histérica.