Punho de Zeus

...Estava sem um mínimo de disposição para a balada, ainda mais depois de passar no chalé e ver que Samantha estava mal, com tosses violentas. Mas depois de ela ameaçar nunca mais falar comigo se eu não acompanhasse Hanna, decidi ir. Cheguei lá no auge da festa, com metade dos semideuses bêbados e dançando loucamente, tanto que lembrei do ida em que conheci Alexa, estava bêbado e... Merda! Hanna estava até então sozinha aqui, portanto nada a impedia de beber. E do jeito que é, ela certamente se esqueceu de que tem um bebê dentro de si. Procurei-a com certo desespero até, caçando seus olhos azuis em meio a tantos outros. Quando por fim a encontrei, estava no bar, com um copo de tequila na mão. Ao invés de me irritar e começar uma briga, me acalmei e fui até ela, pegando o copo delicadamente de sua mão e colocando o mais longe possível dela. Vem, vem. Hanna olhou em meus olhos, parecia aflita. Por mais que desejasse brigar com ela pelo que havia feito, percebi que não daria em nada. Eu precisava ter uma boa relação com ela, tinha que ser algo a mais do que só pelo bebê. Eu a abracei, do jeito mais forte e protetor de que era capaz, e então beijei sua testa, e seu nariz e depois seus lábios, como em Manhattan, de um jeito diferente. Quando me separei, escostei minha testa na dela e suspirei. Está tudo bem, ok? Eu te entendo, não se preocupe. Está tudo bem, Hanna. Envolvi-a com meu abraço novamente, passando a mão por sua cintura e sorrindo para ela. Talvez realmente não devesse me preocupar. Nada aconteceria. Nada aconteceria, nada aconteceria.

...Ela realmente estava aflita, eu podia ver. Por mais que Hanna fosse inconsequente, senti como se não admitisse que outra pessoa a chamasse assim. Ela pediu desculpas e apenas assenti, puxando-a para longe daquilo tudo, o lugar mais quieto que encontrei. A musica ainda podia ser ouvida só que mais baixa. Eu já disse, está tudo bem. Vem aqui, deixa eu te abraçar. E a abracei novamente, envolvendo sua cintura, e em certo momento a levantei e girei, com um sorriso. Quando a baixei, olhei em seus, um pouco vermelhos, com algumas lágrimas. Hanna, por mais que você não acredite, eu me importo com você. E não é só pelo nosso filho, mas porque você é realmente importante pra mim. Eu fiquei louco quando a vi com aquele copo de tequila em parte porque pode causar uma série de coisas ruins ao bebê, mas também porque pode te fazer mal. Por favor, promete que não faz mais isso, ok? Disse, com um sorriso trêmulo a beijando, segurando seu rosto com ambas as mãos.

... Ri com o que ela disse, mas percebi que ela não havia me respondido. Bem, talvez fosse pedir demais agora... mas não sei. Olhei para ela, sentada aovmeu lado e coloquei meu braço em volta de sua cintura, trazendo para perto. Então será uma menina? - Disse com um sorriso. - E dará o nome da sua mãe para ela? Escolha interessante. Sim, ainda recorsava a conversa que tivemos no chalé dela. Só não entendia o porque de querer homenagear sua mãe, pelo que ela me contou as duas nunca secderam muito bem. Preferi não tocar ainda mais nesse assunto. Ficamos mais alguns minutos ali até que me levantei e a ajudei a fazer o mesmo. Vamos, você precisa descansar. Dorme comigo hoje? Perguntei sem malícia alguma, apenas queria tê-la em segurança por uma noite.