Punho de Zeus
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Punho de Zeus
Relembrando a primeira mensagem :
Um enorme conjunto de rochas que vistas de um certo ângulo têm a aparência de um punho fechado. Recebeu este nome em homenagem ao Rei dos Deuses. Mas caso você veja de outro ângulo, tudo não passará de um simples conjunto de rochas.
Última edição por Narração/Administração em Qui Jul 28, 2011 9:17 pm, editado 1 vez(es)
Re: Punho de Zeus
We bot Don' | h matter t we? |
Olhei para Alexander no exato instante em que sua expressão mudou. Franzi o cenho por um instante, esperando que ele falasse algo. Como apenas se manteve em silêncio, virei-me de lado e encarei-o. O que foi? O que aconteceu? Você está bem?
Blume Grym- Semideus
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Re: Punho de Zeus
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Alexander Nicholls- Semideus
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Re: Punho de Zeus
We bot Don' | h matter t we? |
Voltei a olhar para as estrelas com sua resposta, as mãos cruzadas sob a barriga. Permaneci daquele jeito por alguns segundos, até virar apenas a cabeça de lado e olhá-lo outra vez. Você sabe que não precisa falar se não quiser, certo? E desviei o olhar dele mais uma vez, analisando as estrelas, procurando por desenhos ao ligá-las. Estava, sim, preocupada com Alexander. Ele era meu amigo afinal.
Blume Grym- Semideus
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Punho de Zeus.
Não sabia exatamente pra onde ir, queria ficar sozinha com minhas paranoias. Foi quando cheguei a um lugar cheio de pedras, fiquei sentada ali com as lagrimas já tomando conta de todo meu rosto, minha cabeça girava. Foi como eu pensei nada no mundo pode ser perfeito. Como vou saber se tudo que acontece ou meu redor é real, ou um fruto da magia dos filhos de Afrodite. Não quero viver uma mentira, não quero enganar ninguém. Achei que pensar na minha mãe fosse algo bom, mais olha o que me trouxe, duvida sobre algo tão bom. Queria um colo agora, mais aqui tudo parece tão limitado, tão sozinho. O que o Stevie deve está pensando? Como posso ficar com ele sem que isso me incomode, não quero perde-lo, mais não quero engana-lo. Olha o que aconteceu quando o Logan apareceu talvez eu já esteja mudando, não quero! Isso gritava na minha mente. Como posso ser um semideus se a única coisa que sei fazer é me arrumar e chorar, sou uma fraca deixando isso me dominar por completo. Porque a minha mente não pode pensar que sou diferente, que sou forte. Nesse momento queria o Stevie aqui, mais não é justo.
Lola Marin- Semideus
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Re: Punho de Zeus
Stevie Wilians | |||||||||||
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Não entendi absolutamente nada do que havia acontecido no refeitório. "O que falei demais?! Ela pediu uma história e eu lhe dei!!", pensei. Podia sentir uma raiva brotando em meu peito. "Porque as coisas tem que ser tão complicadas?!". Enquanto percorria o acampamento atrás de Lola, diversas coisas passavam em minha mente. O que deveria falar, como agir quando encontra-se ela. Parei por um momento, suspirando e pedindo uma ajuda a Zeus. "Pai, será que por um momento pode facilitar as coisas?!", irritado chutei a primeira coisa que vi pela frente. Era uma pequena pedra, que ricocheteou em outras maiores ainda. Reconheci de imediato que aquele lugar era o punho de Zeus. Por coincidência ou não, próxima ao final do conjunto de rochas, lá estava Lola. Parecia realmente mal, sentada abraçando as próprias pernas. Queria gritar com ela, dizer que estava sendo boba por recusar aquele presente. Mas como sempre, tinha o coração mole. Não aguentava vê-la daquela forma. Me aproximei lentamente, até estar frente as suas costas. Podia escutar seus soluços. Agachei e sussurrei, tentando não assustá-la: "Finalmente te encontrei. Será que posso sentar ao seu lado? Prometo que se não quiser conversa irei entender e vou embora". Disse aquilo da maneira mais serena possível. Não sei se surtiu o efeito desejado, mas estava disposto a aguardar o tempo de Lola.
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Re: Punho de Zeus
Estava tão perturbada que nem me assustei quando Stevie falou. Por um instante apenas o olhei e, percebi que precisava conversa com alguém e, não existe ninguém melhor do que ele para conversa. Peguei na sua mão e o puxei para sentar ao meu lado, quando ele se acomodou e observei por mais alguns segundos antes de falar.
-Desculpa por tudo isso! Acho que pirei pensando em algumas coisas. E ainda não sei ao certo o que elas são. – Tentei tirar algumas lagrimas do meu rosto, e vi que ele estava com o colar na mão. – O colar é lindo, e a historia sobre ele é fascinante, só que não dar pra eu aceitá-lo nesse momento. – Desviei o meu olhar do colar e passei a olhar o chão. – Você não deveria querer me dar ele. Se eu tivesse tido uma mãe queria ter algo especial dela para mim. -Suspirei e continuei. - Meu pai nunca deixou eu pensar algo ruim sobre a minha mãe, mais às vezes me pegava pensando porque ela foi embora e nada na minha mente se encaixava com o que meu pai falava, mais sempre tentei enxergá-la como ele me falava, era mais fácil. Quando descobri quem ela era algumas coisas ficaram claras e, hoje quando você contou aquela historia pensei nela e tudo que sabia sobre ela. Meu pai é um cara muito legal, mais está sozinha e sei que isso acontece com vários, mais o caso dele é que nunca esqueceu a minha mãe, e no fundo eu não sei se essa paixão é real, se isso não foi um encanto de Afrodite, isso acontece e, acabo sem saber se sou como ela ou como ele. Não quero está amando hoje e amanhã não está mais. Não posso aceitar o colar porque não se mais o que é real. Essa duvida está me perturbando. – Passei a olhar diretamente para Stevie. – Porque você me ama?
Lola Marin- Semideus
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Re: Punho de Zeus
Stevie Wilians | |||||||||||
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Escutei Lola atentamente, sem interrompê-la. Notei o desespero quando citava sua mãe. "Droga você deveria saber que isso não deixaria ela feliz", pensei arrependido de ter lhe oferecido o colar. Não era essa sua intenção. Ele apenas queria que Lola ficasse com o colar por ser especial. "Definitivamente a assustei. Fui rápido demais". A cabeça de Stevie começou a ficar confusa. Não sabia direito o que falar para que Lola ficasse melhor. E as coisas só pioraram quando ela fez a última pergunta. Olhei diretamente em seus olhos e tentei não mostrar a confusão que estava minha mente. [color=blue]"Porque eu te amo?! Bem existem alguns motivos Lola. Talvez porque em um acampamento onde existem diversas pessoas, você é quem me entende. Você é aquela pessoa que quero conversar quando estou aborrecido. É em você que eu penso quando tenho uma novidade. Temos inúmeras opções aqui. Talvez você até mais do que eu, afinal é linda e filha de Afrodite" [color=blue] quando citei sua mãe percebi em seus olhos a aversão aquele nome. Mas continuei, precisava manter-me firme. "O que quero dizer Lola é que nós decidimos. Nossos pais nos influenciam e isso é inevitável. Mas se realmente temos poderes que afetam as pessoas, cabe a nós dominá-los" respirei fundo, pois notei realmente o que Lola estava dizendo. "Sei que está confusa e eu respeito isso. Se preferir, darei espaço para decidir o que quer fazer daqui pra frente. Com relação a isso.......", sinalizei o colar que ainda estava em minhas mãos. "Não se preocupe.........", menti. Não estava nada a vontade com a situação. Mas o guardei no bolso, sem prolongar mais aquela decepção.
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Re: Punho de Zeus
É isso que realmente me machuca, sentir que preciso dele e ouvir que precisa de mim também, mais não saber se é real. Percebi que algo o incomodou.
-Sabe qual o problema disso tudo é que eu amo você e, estou senti isso aqui dentro. Mais como vou saber se é real. –Olhei bem dentro dos seus olhos e continuei. –Tudo que eu não quero é magoar você, mais percebo que já fiz isso. O problema não é o colar ou você. Eu sou o problema. – Acabei desviando o olhar para o chão. – Porque não quero ter poder que afete as pessoas, quero viver algo real, e a possibilidade de tudo isso entre a gente não ser me causa medo. Sou uma medrosa. – Passei a olhar para longe. – Eu só quero algo real pra mim. Acho que todos querem isso. –Voltei a o olhar. –Eu sei que estou uma bagunça e, não quero que você vire uma também. Sei que essa situação incomoda. Não posso ser egoísta e pensar só em mim, toda essa minha loucura te afetou de algum modo. Só quero que você me fale o que realmente está pensando? – Respirei fundo tentando me acalmar, porque sei que não posso simplesmente jogar tudo encima dele e achar que não vai o afetar. Fiquei esperando ele dizer algo.
Lola Marin- Semideus
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Re: Punho de Zeus
Stevie Wilians | |||||||||||
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Porque as coisas não poderiam ser mais fáceis? Parecia que Zeus gostava de me ver chateado ou desgostoso da vida. Não nutria muitos sentimentos por ele e com tudo isso acontecendo, me pergunto se não teria um dedo dele. Em meio a tantos questionamentos, ali estava Lola. Perdida, triste. "O que falar para que ela mude de idéia?!", pensei com um "sapo" engasgado na garganta. Precisava pensar em casa palavra, caso contrário estaria tudo perdido. "O que é verdadeiramente real Lola?! Fazemos parte de um mundo onde o normal não é tão simples assim.Temos como diversão treinamentos de batalha. Somos filhos de Deuses gregos. Digo, os verdadeiros Deuses!!! Você consegue imaginar como isso soa ridículo?!" sorri, com uma expressão de ironia no rosto. "Nem tudo será da forma que queremos. Mas porque não arriscar? Você tem algo mais a perder estando comigo?! Não sou nenhum príncipe, confesso. Mas a chance de dar tudo errado tem a mesma proporção de dar certo", me coloquei de pé e estendi as mãos para que ela levanta-se. Estava apreensiva então fiz a última tentativa do dia: "Será que podemos esquecer um pouco dos detalhes e apenas aproveitar o tempo juntos?!". Enquanto aguardava sua resposta, podia notar que o sol se punha no horizonte. Uma cena digna de um belo filme. Mas isso não era um filme. Era a vida, da forma mais complexa e desordeira que já havia presenciado.
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Re: Punho de Zeus
Fiquei escutando atentamente cada palavra que ele disse e, superficialmente ainda tinha duvidas, mais lá no fundo percebi que ele estava certo. Nos não vivemos algo comum, agora temos uma vida totalmente diferente da que queríamos ter. Tudo aqui parece simplificado aos olhos mais extremamente grande por dentro. Foi ai que percebi que tudo isso causa medo sim e, tudo que conheço esta lá fora, aqui teremos que arrisca para dar continuidade a nossa historia para posteriormente termos algo para falar. Quando ele me estendeu a mão todas as suas palavras e os meus pensamentos ainda giravam na minha cabeça, e não tinha a certeza do que fazer. Foi ai que ele falou de detalhes, e a vida é cheia deles e, se isso tudo for realmente apenas um detalhe, se eu estiver com medo de um detalhe. Olhando para Stevie percebi que eu posso caminhar com esse detalhe, contanto que ele esteja ao meu lado. Levantei e corri para dar um abraço nele.
-Vamos aproveitar o tempo juntos. – Olhei nos seus olhos e falei. – Eu só quero que saiba de mais uma coisa. Isso tudo que aconteceu não quer dizer que tenho duvida que amo você. Só não quero que acabe. E só pra que você não tenha duvida EU AMO VOCÊ! – E o beijei.
Lola Marin- Semideus
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Re: Punho de Zeus
Stevie Wilians | |||||||||||
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Sorri com as palavras de Lola. Aquilo era realmente confortante. Nos beijamos de maneira apaixonante. Podia sentir meu coração acelerando de maneira incrível. "Isso é o que você me causa Lola", pensei. Depois de alguns minutos, nos afastamos. Senti o peso do colar que estava no meu bolso, mas resolvi não tocar no assunto. No momento certo e quando Lola estiver preparada, lhe entregarei. "Que bom que esse sentimento está sendo correspondido. Agora quero te levar para um local onde não visitamos ainda. Topa?" sorrindo, indiquei o caminho.
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Re: Punho de Zeus
Pensar na Afrodite me causou tudo isso mais não tem como fugir dessa realidade. Já que é pra ser assim, vamos viver guiados pela emoção, não é mãezinha. Pensar menos no amanhã e se concentra no presente. E Stevie é o meu presente. Todo esse pensamento me renovou. E quando Stevie falou já não tinha mais lagrimas nos meus olhos e nem uma grande tristeza em mim, apenas a alegria do presente.
-Claro que topo. – Soltei um grande sorriso. Ele pegou a minha mão e saiu me guiando.
Lola Marin- Semideus
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Re: Punho de Zeus
I'll forgive and forget before I'm paralysed. Do I have to keep up the pace to keep you satisfied? Things have gotten closer to the
sun and I've done things in small doses. So don't think that I'm pushing you away, when you're the one that I've kept closest
Quando eu saira do Chalé de Zeus, três dias atrás, eu mal conseguira respirar direito, concentrar meus pensamentos em alguma coisa específica. Tudo o que eu descobrira sobre Riley, a irmã de Bethany, bagunçava minha cabeça, deixando-me mais com perguntas do que respostas. Sim, eu sabia o que poderia ser. Mas eu simplesmente me recusava a acreditar nisso. Algo que estava na minha cara, que não poderia haver outra explicação.
Isso e ainda o fato de que sobrevivi a uma dose de néctar. Os meus cabelos brancos. Minha pele ser sempre tão fria. A mulher nos meus sonhos. A nevasca que começou aquele dia no acampamento.
Eu simplesmente não sabia o que pensar, porque era completamente contra o que sempre cresci acreditando, o que me ensinaram, o que é o certo. Eu não posso ser algo que eu caço. Algo que eu mato e odeio. Algo que pessoas que dormiam numa cama ao meu lado matam, e odeiam. Algo que Jace odeia.
Durante dois dias, dois longos dias, eu mal sai do Chalé. Apenas fiquei entre a cama e o chuveiro, e algumas saídas para o Pavilhão buscar comida. Meus “meio-irmãos”, filhos de Eros, olhavam para mim como se eu fosse uma estranha, uma aberração que mal conseguia sair da cama. É, eu era uma estranha para eles, mais do que imaginavam, mas mais uma vez eu estava entre pessoas que me achavam uma aberração.
Eu já estava muito bem acostumada com isso.
Treinei, descontei minha raiva com adagas e espadas que eu pegara do Arsenal dos semideuse nas árvores atrás dos Chalés. Não falei com Ian. Nem com Jace. Nem com Bethany, Bianca ou os Caçadores, embora eu soubesse que precisava falar com todos eles.
Eu só estava adiando o problema.
Certa dia, acordei mais irritada que o usual. No final da tarde, vendo que parecia ser um daqueles dias em que nada dava certo, resolvi passar no Chalé dos filhos de Dionísio, aonde sabia que haviam várias bebidas alcoólicas escondidas. Peguei umas seis e guardei na minha bolsa, e fui direto para o punho de Zeus, um lugar afastado de tudo e todos.
Abri a primeira garrafa e tomei um longo gole, deitando em cima da pedra e olhando para o céu que já estava estrelado. - O que vou fazer? - Perguntei, a ninguém específico. Porque eu não tinha um pai ou uma mãe para quem direcionar essa pergunta. Eu sabia que meus Criadores da Sede não eram meus pais de verdade, sempre soube. Não tinha nem um grande amigo para quem perguntar, porque até mesmo minha relação com Jace era complicada. E Ian não podia ser meu amigo. Ele não era.
Isso e ainda o fato de que sobrevivi a uma dose de néctar. Os meus cabelos brancos. Minha pele ser sempre tão fria. A mulher nos meus sonhos. A nevasca que começou aquele dia no acampamento.
Eu simplesmente não sabia o que pensar, porque era completamente contra o que sempre cresci acreditando, o que me ensinaram, o que é o certo. Eu não posso ser algo que eu caço. Algo que eu mato e odeio. Algo que pessoas que dormiam numa cama ao meu lado matam, e odeiam. Algo que Jace odeia.
Durante dois dias, dois longos dias, eu mal sai do Chalé. Apenas fiquei entre a cama e o chuveiro, e algumas saídas para o Pavilhão buscar comida. Meus “meio-irmãos”, filhos de Eros, olhavam para mim como se eu fosse uma estranha, uma aberração que mal conseguia sair da cama. É, eu era uma estranha para eles, mais do que imaginavam, mas mais uma vez eu estava entre pessoas que me achavam uma aberração.
Eu já estava muito bem acostumada com isso.
Treinei, descontei minha raiva com adagas e espadas que eu pegara do Arsenal dos semideuse nas árvores atrás dos Chalés. Não falei com Ian. Nem com Jace. Nem com Bethany, Bianca ou os Caçadores, embora eu soubesse que precisava falar com todos eles.
Eu só estava adiando o problema.
Certa dia, acordei mais irritada que o usual. No final da tarde, vendo que parecia ser um daqueles dias em que nada dava certo, resolvi passar no Chalé dos filhos de Dionísio, aonde sabia que haviam várias bebidas alcoólicas escondidas. Peguei umas seis e guardei na minha bolsa, e fui direto para o punho de Zeus, um lugar afastado de tudo e todos.
Abri a primeira garrafa e tomei um longo gole, deitando em cima da pedra e olhando para o céu que já estava estrelado. - O que vou fazer? - Perguntei, a ninguém específico. Porque eu não tinha um pai ou uma mãe para quem direcionar essa pergunta. Eu sabia que meus Criadores da Sede não eram meus pais de verdade, sempre soube. Não tinha nem um grande amigo para quem perguntar, porque até mesmo minha relação com Jace era complicada. E Ian não podia ser meu amigo. Ele não era.
Anne Laffite. House Stark. Daughter of Quione.
Última edição por Anne Laffite em Qui Ago 14, 2014 8:43 pm, editado 2 vez(es)
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Re: Punho de Zeus
a boy of anguish now, he's a man of soul
traded in his misery for the lonely life of the road
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Fazia tanto tempo que não fumava que as mãos trêmulas quase não alcançavam seus lábios pálidos e ressecados, como se tivesse esquecido de tudo que havia aprendido, e quando finalmente sentiu a primeira tragada, o cheiro adocicado e forte entrando de modo destrutivo em suas narinas e em seus pulmões, ele fechou os olhos. Era um hábito antigo. Na sua primeira tragada, quando tinha quatorze anos, engasgou-se e tossiu como um louco. Odiou. Depois, conseguiu se acostumar e fumava tanto que ficou impossível esconder de seu tio.
Tem marcas até hoje da surra que recebeu.
Quando o cigarro acabou, olhou para a garrafa de vodka que havia roubado do chalé de Dionísio um dia desses. Tomou o primeiro gole. Sentiu a garganta queimar junto com seus pulmões. Engasgou. Tomou outro gole. E riu de como parecia patético.
Estava em cima de uma árvore qualquer na floresta. Arriscado, sabia. Porém ele gostava daquele lugar, de algum jeito singular. Portanto, continuou bebendo e fumando, não se importando se algum monstro viesse até ele e o esquartejasse. Esse pensamento até o deixou feliz, dadas às circunstâncias. Na Sede, todos o odiavam. Anne também o odiava, evitando falar com ele, e realmente não a culpava por isso. Nem os outros. Ele mesmo se odiava.
Por debaixo de tanto orgulho e narcisismo, Jace conseguia ver o quão destruído e sujo ele se tornou.
Uma voz em sua cabeça riu. E ele continuava lá. Debochando. Observando tudo com puro desprezo.
— Cala a boca.– Jace balbuciou baixinho. Estava calmo. Ficaria calmo. Não perderia o controle mais uma vez.
Ele não se calou. Só riu mais alto.
Jace não aguentou.
— Cala a boca! — gritou e começou a bater a cabeça com as duas mãos. — SAI DA MINHA CABEÇA!
Ele não saía.
Jace olhou desesperado para os cantos e viu que a garrafa estava vazia e o cigarro estava no fim. Junto com as risadas, ele pulou da árvore e começou a correr pela floresta. Sombras o perseguiam. Arranhavam seus braços e pernas, quase o derrubando. E as risadas. Ele ainda estava lá. Sempre esteve. Sempre esteve.
Quando finalmente caiu no chão, tudo terminou.
Levantou pesadamente e andava de um jeito esquisito para lá e para cá. Então, com certa dificuldade conseguiu ver que estava no Punho e observou uma garota deitada sobre a pedra. Não qualquer garota.
— Eu faço a mesma pergunta. — falou enquanto sentava-se à uma distância considerável de Anne. Deu um sorriso bobo quando a viu encará-lo completamente sujo e arranhado. — Não tente mais me evitar. Uma hora ou outra eu encontraria você.
E depois, sem dizer mais nada, deixou o resto do corpo mole cair no chão e fechou os olhos.
Tem marcas até hoje da surra que recebeu.
Quando o cigarro acabou, olhou para a garrafa de vodka que havia roubado do chalé de Dionísio um dia desses. Tomou o primeiro gole. Sentiu a garganta queimar junto com seus pulmões. Engasgou. Tomou outro gole. E riu de como parecia patético.
Estava em cima de uma árvore qualquer na floresta. Arriscado, sabia. Porém ele gostava daquele lugar, de algum jeito singular. Portanto, continuou bebendo e fumando, não se importando se algum monstro viesse até ele e o esquartejasse. Esse pensamento até o deixou feliz, dadas às circunstâncias. Na Sede, todos o odiavam. Anne também o odiava, evitando falar com ele, e realmente não a culpava por isso. Nem os outros. Ele mesmo se odiava.
Por debaixo de tanto orgulho e narcisismo, Jace conseguia ver o quão destruído e sujo ele se tornou.
Uma voz em sua cabeça riu. E ele continuava lá. Debochando. Observando tudo com puro desprezo.
— Cala a boca.– Jace balbuciou baixinho. Estava calmo. Ficaria calmo. Não perderia o controle mais uma vez.
Ele não se calou. Só riu mais alto.
Jace não aguentou.
— Cala a boca! — gritou e começou a bater a cabeça com as duas mãos. — SAI DA MINHA CABEÇA!
Ele não saía.
Jace olhou desesperado para os cantos e viu que a garrafa estava vazia e o cigarro estava no fim. Junto com as risadas, ele pulou da árvore e começou a correr pela floresta. Sombras o perseguiam. Arranhavam seus braços e pernas, quase o derrubando. E as risadas. Ele ainda estava lá. Sempre esteve. Sempre esteve.
Quando finalmente caiu no chão, tudo terminou.
Levantou pesadamente e andava de um jeito esquisito para lá e para cá. Então, com certa dificuldade conseguiu ver que estava no Punho e observou uma garota deitada sobre a pedra. Não qualquer garota.
— Eu faço a mesma pergunta. — falou enquanto sentava-se à uma distância considerável de Anne. Deu um sorriso bobo quando a viu encará-lo completamente sujo e arranhado. — Não tente mais me evitar. Uma hora ou outra eu encontraria você.
E depois, sem dizer mais nada, deixou o resto do corpo mole cair no chão e fechou os olhos.
Última edição por Jace Salvatore em Qui Ago 14, 2014 9:20 pm, editado 1 vez(es)
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Re: Punho de Zeus
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Um barulho me sobressaiu, tirando minha mente do que estava até agora pensando. Minha garganta ardia levemente da bebida que acabara de tomar. Por um momento, percebo que peguei as garrafas aleatoriamente no chalé, sem nem mesmo ver quais eram. Abro a bolsa, havia Whisky, que eu havia aberto, e Vodka, no fundo da bolsa.
Olho para a pessoa sentando ao meu lado. Ele estava arranhado e sujo, e levantei as sobrancelhas. Era raro ver Jace de uma aparência que não fosse controlada. Seu comentário me respondeu que não era bom nem perguntar, e eu já havia aprendido que com Jace, algumas coisas não tem respostas. Mas percebo que veio da Floresta, e por um momento me pergunto se ele poderia ter estado em alguma briga com algum semideus. Se tivesse, ele teria ganhado, com certeza.
- Eu não estava te evitando, Jace. Se bem que ficamos de nos falar depois da Enfermaria. - Falei, dando um sorriso como se o cumprimentasse. - Mas realmente, não sei se gosto de te ver agora ou não. - Balancei a cabeça, voltando a pegar a garrafa. Vejo que Jace segurava uma garrafa de vodka vazia. Então noto que, pela sua cara, estava a alguns goles de ficar bêbado.
Na verdade, essa era a minha intenção de vir ao Punho hoje, mas com Jace? Bom, foda-se. - Parece que eu e você tivemos a mesma ideia hoje, hein? - Falei, apontando para sua garrafa com a minha. - Dia ruim? - Ri, e empurrei a bolsa para ele, indicando que poderia pegar alguma se quisesse.
Tomei mais um gole, voltando a me deitar na pedra. Se ele quisesse ficar naquela distância, que ficasse.
Olho para a pessoa sentando ao meu lado. Ele estava arranhado e sujo, e levantei as sobrancelhas. Era raro ver Jace de uma aparência que não fosse controlada. Seu comentário me respondeu que não era bom nem perguntar, e eu já havia aprendido que com Jace, algumas coisas não tem respostas. Mas percebo que veio da Floresta, e por um momento me pergunto se ele poderia ter estado em alguma briga com algum semideus. Se tivesse, ele teria ganhado, com certeza.
- Eu não estava te evitando, Jace. Se bem que ficamos de nos falar depois da Enfermaria. - Falei, dando um sorriso como se o cumprimentasse. - Mas realmente, não sei se gosto de te ver agora ou não. - Balancei a cabeça, voltando a pegar a garrafa. Vejo que Jace segurava uma garrafa de vodka vazia. Então noto que, pela sua cara, estava a alguns goles de ficar bêbado.
Na verdade, essa era a minha intenção de vir ao Punho hoje, mas com Jace? Bom, foda-se. - Parece que eu e você tivemos a mesma ideia hoje, hein? - Falei, apontando para sua garrafa com a minha. - Dia ruim? - Ri, e empurrei a bolsa para ele, indicando que poderia pegar alguma se quisesse.
Tomei mais um gole, voltando a me deitar na pedra. Se ele quisesse ficar naquela distância, que ficasse.
Anne Laffite. House Stark. Daughter of Quione.
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Re: Punho de Zeus
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Jace concordou com o comentário de Anne, com a boca virada num sorriso tornando-se vagarosamente aquele sarcasmo que sempre costumava carregar em seus lábios.
— E quem gosta de me ver? — perguntou um pouco rápido demais, arqueando as sobrancelhas. — É até desprezível me ver todos os dias no espelho.
Então ela notou a garrafa, não que ele quisesse escondê-la. Não respondeu nada inicialmente, apenas levantou-se o mais rápido que pode e caminhou meio cambaleante pelo efeito do álcool estar começando e pela corrida. Pegou outra garrafa de vodka e esperou até tomá-la até a metade para falar alguma coisa. Bebeu quase tudo de uma vez, rindo como uma criança. Ia falar uma coisa, mas pra isso tinha que estar bem bêbado. Então terminou de tomar a garrafa inteira. Não importasse que sua garganta ficasse em chamas.
Encostou-se na pedra e olhou para o céu escuro e estrelado. Era lindo, se não estivesse em uma prisão. E se não tivesse tantas coisas a dizer, a concertar.
— Me desculpe. — Talvez fosse a primeira vez que dissesse isso a alguém sem ser seu tio e que fosse sincero. Fora algo tão surpreendente até pra ele mesmo, que riu de como pudera ter sido idiota. — Me desculpe por ter dito aquelas palavras. Por ter sido um filho da puta idiota. Me desculpe por... mim.
Não disse mais nada depois disso. Nem ousou olhá-la. A única coisa que conseguiu fazer foi dar mais um gole na garrafa e continuar olhando o céu.
— E quem gosta de me ver? — perguntou um pouco rápido demais, arqueando as sobrancelhas. — É até desprezível me ver todos os dias no espelho.
Então ela notou a garrafa, não que ele quisesse escondê-la. Não respondeu nada inicialmente, apenas levantou-se o mais rápido que pode e caminhou meio cambaleante pelo efeito do álcool estar começando e pela corrida. Pegou outra garrafa de vodka e esperou até tomá-la até a metade para falar alguma coisa. Bebeu quase tudo de uma vez, rindo como uma criança. Ia falar uma coisa, mas pra isso tinha que estar bem bêbado. Então terminou de tomar a garrafa inteira. Não importasse que sua garganta ficasse em chamas.
Encostou-se na pedra e olhou para o céu escuro e estrelado. Era lindo, se não estivesse em uma prisão. E se não tivesse tantas coisas a dizer, a concertar.
— Me desculpe. — Talvez fosse a primeira vez que dissesse isso a alguém sem ser seu tio e que fosse sincero. Fora algo tão surpreendente até pra ele mesmo, que riu de como pudera ter sido idiota. — Me desculpe por ter dito aquelas palavras. Por ter sido um filho da puta idiota. Me desculpe por... mim.
Não disse mais nada depois disso. Nem ousou olhá-la. A única coisa que conseguiu fazer foi dar mais um gole na garrafa e continuar olhando o céu.
Última edição por Jace Salvatore em Qui Ago 14, 2014 9:46 pm, editado 1 vez(es)
Jace Salvatore- Caçador
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Re: Punho de Zeus
I'll forgive and forget before I'm paralysed. Do I have to keep up the pace to keep you satisfied? Things have gotten closer to the
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Eu não achava desprezível vê-lo, nem um pouco. Mas não comentei nada. Não sei porquê. Respirei fundo, e tomei mais um gole, terminando a garrafa. Me sentia meio tonta, mas logo essa sensação se transformou em uma leve animação, uma euforia crescente.
Vi Jace beber a garrafa de vodka inteira em quase um gole, e me perguntei o que estaria passando na cabeça dele no momento. Ia perguntar alguma coisa, mas fui interrompida por alguma cosia que me deixou surpresa. Jace se desculpando. Acho que eu nunca vira isso na minha vida. Pensei em comentar algo irônico, pensando que ele mesmo estivesse sendo, mas parecia puramente sincero. Mesmo bêbado, dava pra perceber isso em suas palavras.
Virei me para o lado, apoiando a cabeça no cotovelo, e olhando para ele. Não sei se foram por poucos segundos ou por alguns longos minutos, mas assim - naquele momento - percebi como não conseguia ficar com raiva ou ódio dele por muito tempo, mesmo depois tudo que houve. Como me pegava pensando nele mais do que deveria.
Sentei-me, pegando outra garrafa dentro da bolsa, e após mais um gole, que me aqueceu com aquela sensação de invencibilidade para as próximas palavras.
- É, você realmente foi um filho da puta. - Comentei, meio rindo, embora eu não devesse. - Mas tudo bem. Eu também fui Eu… - eu realmente iria admitir que na verdade tudo que queria era causar ciúmes nele? Aquela noite, Ian, as palavras trocadas. As palavras se perderam por um instante. - Eu também falei coisas que não devia, sabe. Me desculpe. Você não é um idiota egoísta o tempo inteiro. Ian, ele… - Respirei fundo. Não sabia do que estava falando. Balancei a cabeça. - Acho que fui uma merda naquela noite, de verdade, então… é.
O próximo gole nem foi sentido direito, apenas continuou a me aquecer. Um riso escapou com a estranheza da situação. Sentia-me leve, solta e pronta para qualquer coisa. Me levantei, segurando a garrafa e começando a caminhar contornando a borda do punho.
- Aqui estamos nós dois, bêbados, e apenas despejando as mágoas como dois condenados. - Murmurei. - Sabe, acho que que deveríamos fazer algo divertido.
Vi Jace beber a garrafa de vodka inteira em quase um gole, e me perguntei o que estaria passando na cabeça dele no momento. Ia perguntar alguma coisa, mas fui interrompida por alguma cosia que me deixou surpresa. Jace se desculpando. Acho que eu nunca vira isso na minha vida. Pensei em comentar algo irônico, pensando que ele mesmo estivesse sendo, mas parecia puramente sincero. Mesmo bêbado, dava pra perceber isso em suas palavras.
Virei me para o lado, apoiando a cabeça no cotovelo, e olhando para ele. Não sei se foram por poucos segundos ou por alguns longos minutos, mas assim - naquele momento - percebi como não conseguia ficar com raiva ou ódio dele por muito tempo, mesmo depois tudo que houve. Como me pegava pensando nele mais do que deveria.
Sentei-me, pegando outra garrafa dentro da bolsa, e após mais um gole, que me aqueceu com aquela sensação de invencibilidade para as próximas palavras.
- É, você realmente foi um filho da puta. - Comentei, meio rindo, embora eu não devesse. - Mas tudo bem. Eu também fui Eu… - eu realmente iria admitir que na verdade tudo que queria era causar ciúmes nele? Aquela noite, Ian, as palavras trocadas. As palavras se perderam por um instante. - Eu também falei coisas que não devia, sabe. Me desculpe. Você não é um idiota egoísta o tempo inteiro. Ian, ele… - Respirei fundo. Não sabia do que estava falando. Balancei a cabeça. - Acho que fui uma merda naquela noite, de verdade, então… é.
O próximo gole nem foi sentido direito, apenas continuou a me aquecer. Um riso escapou com a estranheza da situação. Sentia-me leve, solta e pronta para qualquer coisa. Me levantei, segurando a garrafa e começando a caminhar contornando a borda do punho.
- Aqui estamos nós dois, bêbados, e apenas despejando as mágoas como dois condenados. - Murmurei. - Sabe, acho que que deveríamos fazer algo divertido.
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Re: Punho de Zeus
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Continuou olhando para o céu escuro com um olhar sem vida. Talvez porque não conseguiria olhá-la nos olhos depois de ter dito aquelas palavras, ou porque de algum jeito fosse simplesmente doloroso olhar para ela naquele exato momento. Justo no momento em que se encontrava mais frágil. E, por mais que não quisesse admitir, só sentia esse sentimento, que tanto quanto era bom, o destruía por dentro, era quando Anne estava perto.
Ele virou o rosto para ela. E a olhou. Não somente olhar ou encarar. Era mais que isso. Queria ver o que ela tinha de tão especial. Queria ver o que havia dentro daqueles olhos. Diziam que ali era a porta da alma ou qualquer besteira do tipo. Pensou em como seria a alma dela.
Pensou em como seria ter uma alma.
Então, num piscar de olhos, como se saísse de um êxtase imaginário, abriu a boca e soltou palavras roucas ao vento gelado:
— Não diga que falou coisas que não devia quando só falou a verdade.
E quando ela riu, ele riu junto. Por nada. Por estar bêbado. Por simplesmente querer rir com ela.
Ouviu suas palavras, entrando como uma acaricia em seus tímpanos em meio a tanto barulho em sua mente deturpada. Jace sorriu com a palavra “divertido”, com uma suave conotação maliciosa. Era ridículo, mas ele era Jace, afinal de contas. E havia um desejo lá no fundo, que talvez ele fosse descobrir o que fosse hoje.
Ele se aproximou suavemente de Anne, com os olhos sem desviar nem um segundo. E quando ficou a centímetros de encostar os narizes, ele parou. Não disse nada por uns cincos segundos. Podia ser um pobre garoto alimentado por mentiras fúteis e crueldades, cheio de orgulho, porém ele ainda gostava de jogos. E isso o deixava vivo. Nem que por um segundo.
— Proposta duvidosa. E que poderia considerar como indecente. — sussurrou suavemente, com os olhos ligeiramente estreitos, como se estivesse contanto um segredo muito sério. E então, num súbito, jogou a cabeça um pouco para frente como se fosse beijar seu pescoço, mas a única coisa que fez foi encostar suavemente os lábios ali, apenas raspando, e segurar seu braço, percorrendo sua pele nua com os dedos agilmente, até agarrar e tirar a garrafa de suas mãos. Tomou um gole e se afastou rapidamente, se ela fosse tentar pegar de volta. — Eu quero jogar. E também tenho uma proposta para você, senhorita.
Ele virou o rosto para ela. E a olhou. Não somente olhar ou encarar. Era mais que isso. Queria ver o que ela tinha de tão especial. Queria ver o que havia dentro daqueles olhos. Diziam que ali era a porta da alma ou qualquer besteira do tipo. Pensou em como seria a alma dela.
Pensou em como seria ter uma alma.
Então, num piscar de olhos, como se saísse de um êxtase imaginário, abriu a boca e soltou palavras roucas ao vento gelado:
— Não diga que falou coisas que não devia quando só falou a verdade.
E quando ela riu, ele riu junto. Por nada. Por estar bêbado. Por simplesmente querer rir com ela.
Ouviu suas palavras, entrando como uma acaricia em seus tímpanos em meio a tanto barulho em sua mente deturpada. Jace sorriu com a palavra “divertido”, com uma suave conotação maliciosa. Era ridículo, mas ele era Jace, afinal de contas. E havia um desejo lá no fundo, que talvez ele fosse descobrir o que fosse hoje.
Ele se aproximou suavemente de Anne, com os olhos sem desviar nem um segundo. E quando ficou a centímetros de encostar os narizes, ele parou. Não disse nada por uns cincos segundos. Podia ser um pobre garoto alimentado por mentiras fúteis e crueldades, cheio de orgulho, porém ele ainda gostava de jogos. E isso o deixava vivo. Nem que por um segundo.
— Proposta duvidosa. E que poderia considerar como indecente. — sussurrou suavemente, com os olhos ligeiramente estreitos, como se estivesse contanto um segredo muito sério. E então, num súbito, jogou a cabeça um pouco para frente como se fosse beijar seu pescoço, mas a única coisa que fez foi encostar suavemente os lábios ali, apenas raspando, e segurar seu braço, percorrendo sua pele nua com os dedos agilmente, até agarrar e tirar a garrafa de suas mãos. Tomou um gole e se afastou rapidamente, se ela fosse tentar pegar de volta. — Eu quero jogar. E também tenho uma proposta para você, senhorita.
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Jace se aproximou suavemente de Anne, aquele andar que faziam as pessoas na Sede prenderem seus olhares nele - seja por algo bom ou ruim. Ela retribui seu olhar. Aquela sensação de invencibilidade continuava, borbulhando dentro de si, ansiosa por algo, mas também havia outra coisa. Algo no ar; na distância entre os dois, quase como uma eletricidade estática nos momentos antes de uma tempestade.
– É para eu ser uma filha de Éros, lembra? – Responde, mantendo o olhar fixo no dele. – Nós somos indecentes, e – então para abruptamente, por um segundo achando que ele realmente estava prestes a lhe beijar. Dessa vez ela sabia que deixaria.
Então ela simplesmente sente um leve toque, os lábios de Jace quase encostando em seu pescoço. A mão descia pelo seu braço, deixando-o em um leve estado de formigamento depois que passava. Injusto, pensou. Isso que você exerce em mim. Não desviou o olhar em nenhum momento dele, até perceber que havia se afastado com a garrafa.
– Aproveitador – soltou, mas de um tom que ele soubesse que soltava apenas um comentário cômico. Ele deu um passo para trás, e ela deu um para frente, mas antes que falasse ou fizesse alguma coisa, ele soltou um comentário que a fez arquear as sobrancelhas, com um sorriso levemente repuxado para baixo.
- Um jogo, Jacy? Como aquele que você tentou na Floresta? Eu me lembro de quem ganhou daquela vez. - Murmurou, ainda no ímpeto de tentar alcançar a garrafa dele - Mas diga, que proposta, Salvatore? - Então, ao invés de ir atrás da garrafa. ela voltou a caminhar pela borda, até alcançar o ponto mais alto do Punho, mantendo sempre os olhos em Jace. Ao avistar luzes da grande cidade ao longe, uma ideia lhe passou pela sua cabeça, alimentando aquele sentimento de antes. – Tem alguma chance dessa proposta incluir Nova York, talvez? - Murmurou, quase com os olhos brilhando.
Ela sabia que as ordens era para ficarem no Acampamento até algo seja dito, mas desde os problemas da última “missão” dos dois, de ir atrás do filho de Bethany e Jack, eles haviam se mantido em silêncio. Por vezes, Anne pensava qual seria o próximo passo dos dois, mas naquele momento, ela simplesmente queria estar longe de tudo aquilo. Sem Acampamento, e sem Caçadores. [/b]
– É para eu ser uma filha de Éros, lembra? – Responde, mantendo o olhar fixo no dele. – Nós somos indecentes, e – então para abruptamente, por um segundo achando que ele realmente estava prestes a lhe beijar. Dessa vez ela sabia que deixaria.
Então ela simplesmente sente um leve toque, os lábios de Jace quase encostando em seu pescoço. A mão descia pelo seu braço, deixando-o em um leve estado de formigamento depois que passava. Injusto, pensou. Isso que você exerce em mim. Não desviou o olhar em nenhum momento dele, até perceber que havia se afastado com a garrafa.
– Aproveitador – soltou, mas de um tom que ele soubesse que soltava apenas um comentário cômico. Ele deu um passo para trás, e ela deu um para frente, mas antes que falasse ou fizesse alguma coisa, ele soltou um comentário que a fez arquear as sobrancelhas, com um sorriso levemente repuxado para baixo.
- Um jogo, Jacy? Como aquele que você tentou na Floresta? Eu me lembro de quem ganhou daquela vez. - Murmurou, ainda no ímpeto de tentar alcançar a garrafa dele - Mas diga, que proposta, Salvatore? - Então, ao invés de ir atrás da garrafa. ela voltou a caminhar pela borda, até alcançar o ponto mais alto do Punho, mantendo sempre os olhos em Jace. Ao avistar luzes da grande cidade ao longe, uma ideia lhe passou pela sua cabeça, alimentando aquele sentimento de antes. – Tem alguma chance dessa proposta incluir Nova York, talvez? - Murmurou, quase com os olhos brilhando.
Ela sabia que as ordens era para ficarem no Acampamento até algo seja dito, mas desde os problemas da última “missão” dos dois, de ir atrás do filho de Bethany e Jack, eles haviam se mantido em silêncio. Por vezes, Anne pensava qual seria o próximo passo dos dois, mas naquele momento, ela simplesmente queria estar longe de tudo aquilo. Sem Acampamento, e sem Caçadores. [/b]
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Ele ouviu a palavra “aproveitador” e gargalhou por isso. Entretanto, diferente das tantas falsas vezes que riu ou gargalhou durante praticamente todos os anos de sua vida, esse não foi um som seco, nem sarcástico ou cortante como uma lâmina. Com covinhas aparecendo, olhos brilhando e o cabelo agora castanho normalmente jogado na testa, Jace Salvatore voltou no tempo. Foi quase como quando ele era uma criança, quando ainda tinha sua família, sua pobre família de verdade, seu pai, sua mãe e sua irmãzinha, ao seu lado. Não carbonizados.
Não. Pense. Nisso.
Ele espantou esse pensamento com tanta raiva que sabia que horas depois se arrependeria por isso.
— Esse é um dos meus sobrenomes, Annie – falou enquanto ainda sorria, não pretendendo desviar os olhos dela em nenhum momento. Então, só por um momento, ele travou. “Que proposta, Salvatore?” Não que ele não soubesse o que queria fazer. E se não soubesse, quem se importa? Ele não era Jace Salvatore? Um garoto destruído, com o ego maior que sua altura, mas improvisação e imprevisibilidade eram fatos na personalidade conturbada dele.
Sua mente estalou por um momento. New York, huh? Um plano rapidamente foi traçado em sua cabeça; um plano ridículo, especialmente se considerarmos que ambos estão bêbados. Como isso poderia dar certo?
E como ele poderia se importar com isso, justo nesse momento, aqui, com Anne?
— Seu pedido é uma ordem.
De repente, virou para trás e jogou com toda sua força a garrafa de vodka o mais longe que pôde. Não se preocupou em observar onde teria caído ou com o possível barulho que fez. Louco, louco. Mas não mais do que havia planejado.
Ergueu sua mão para Anne. Não sorriu, só a olhou.
— Só peço para confiar em mim.
Não. Pense. Nisso.
Ele espantou esse pensamento com tanta raiva que sabia que horas depois se arrependeria por isso.
— Esse é um dos meus sobrenomes, Annie – falou enquanto ainda sorria, não pretendendo desviar os olhos dela em nenhum momento. Então, só por um momento, ele travou. “Que proposta, Salvatore?” Não que ele não soubesse o que queria fazer. E se não soubesse, quem se importa? Ele não era Jace Salvatore? Um garoto destruído, com o ego maior que sua altura, mas improvisação e imprevisibilidade eram fatos na personalidade conturbada dele.
Sua mente estalou por um momento. New York, huh? Um plano rapidamente foi traçado em sua cabeça; um plano ridículo, especialmente se considerarmos que ambos estão bêbados. Como isso poderia dar certo?
E como ele poderia se importar com isso, justo nesse momento, aqui, com Anne?
— Seu pedido é uma ordem.
De repente, virou para trás e jogou com toda sua força a garrafa de vodka o mais longe que pôde. Não se preocupou em observar onde teria caído ou com o possível barulho que fez. Louco, louco. Mas não mais do que havia planejado.
Ergueu sua mão para Anne. Não sorriu, só a olhou.
— Só peço para confiar em mim.
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