Quadra de Vôlei

Henri James Kurtz Ω Son Of Zeus Ω Nível 2

Fiquei sem palavras ao ver os Deuses aproximarem-se. Zeus... Meu Pai! Ele havia vindo pelo acampamento, para salvar-nos dos primordiais. Para que tivéssemos chance de sair vitoriosos daquele combate mortal. Sorri, olhando para os primordiais, que estavam atônitos. Mas então a reviravolta... Ofíon resolveu mostrar sua verdadeira forma, e tenho que admitir, fiquei sem fôlego ao vê-lo crescer e destruir a Casa Grande. Então era isso, tínhamos que lutar contra eles. Pelo menos tínhamos ajuda divina, e isso era uma ajuda extremamente bem vinda, e necessária. Dei com o calcanhar nos flancos do pégasu, e então ele disparou para frente. Segurei firme a lança em minha mão, até ver um humano, provavelmente filho de um primordial, que estava em posição de defesa, com a espada em punho. Coloquei o braço direito para trás, e com um movimento rápido, arremessei a lança contra ele. Eu nem sequer sabia que minha mira era tão boa, ou se havia sido sorte de principiante. O fato fora que a lança acertara na abertura do capacete, perfurando-lhe o olho. O rapaz tombou. Passei galopando, ao seu lado e retirei a lança, com um puxão forte. A arma agora estava repleta de sangue, em sua ponta afiada.

Avistei mais dois oponentes a frente. Um deles carregava uma espada, e o outro um arco, que por sinal, estava apontado, com uma flecha, em direção ao meu rosto. Saquei rapidamente o escudo de minhas costas, a tempo de bloquear a seta, que vinha zunindo. Quebrei a flecha e coloquei o escudo novamente em minhas costas. Quase em simultâneo, arremessei a lança contra o arqueiro, que por pouco conseguiu esquivar-se, abaixando. Desembanhei a espada com a mão esquerda, e na direita fiz surgir minha outra espada. Girei ambas no ar, e preparei para o ataque. Ao passar entre os dois garotos, bloqueei um ataque a direta, girando a arma em meu punho, logo em seguida, e decapitando-o. O que estava a esquerda somente recebeu um corte profundo nas costas, que o fez gritar de dor e largar sua arma. Virei meu corpo, apontando a espada da mão direita para ele, e então senti o impulso do raio saindo de meu corpo, e atingindo-o. Mais dois haviam ido ao chão. Era um belo começo, e seria assim pelo resto da noite, pelo menos era o que eu desejava, mas o acontecimento seguinte mudou o rumo da minha batalha.

Um jato de água veio em minha direção. Por sorte, o pégasu estava atento o suficiente, e conseguiu lançar-se ao ar a tempo de evitar sermos atingidos. Olhei então de onde viera, e vi uma mulher imensa. Aproximadamente três metros. Uma primordial! Ela me fitava com olhos furiosos, e mostrava os dentes, ferozmente. Ela esbravejou, jogando mais um jato de água em minha direção, o qual escapei graças a velocidade de Morning Star. Comecei a me afastar, em direção a quadra de vôlei, e a primordial me perseguiu, gritando. - Você matou meu filho! Não sabe com quem está mexendo. Eu sou Euríbia! Uma Deusa! E você é o que? Uma mera cria de Zeus! - Ok, aquela última frase tocara meu ponto fraco. Dei uma guinada no pégasu, e avancei contra a Deusa, dando um rasante perto de seu ombro, tentando acertá-la no pescoço. Mas fui surpreendido. Ela era mais rápida do que eu pensara, e com uma simples esquiva, evitara meu ataque, e já jogara um jato de água em minhas costas. Tentei esquivar-me, mas fui pego de raspão pelo golpe, que trouxe uma sensação de ardor ao meu braço esquerdo. Mas que diabos era aquilo? Ácido? Não... Era somente água, mas água em estado de ebulição.

Tomei distância novamente, percebendo que se eu atacasse sem estratégia, de nada adiantaria. O pégasu começara a cansar-se, afinal, foram três dias de batalha, quase sem tempo para recompor-se. Joguei a espada que estava na minha mão esquerda contra a Deusa, que desviou-se facilmente, e então soltou uma gargalhada. Mas ela não esperava pelo raio que veio em seguida. Acertei-a no meio do rosto, e o fato dela ser uma Deusa da água, fez o golpe surtir muito mais efeito. Ela cambaleou para trás, e eu então dei uma guinada no pégasu, acertando-lhe com a espada na orelha direita, o que foi seguido de um grito de dor, raiva, e frustração. Ela virou-se para me atacar novamente, e teria conseguido se, no último instante, uma rede não tivesse caído em cima dela, fazendo-a ficar presa ao chão. Olhei para os lados, e então vi Apollo, com seu arco, e notei que ele atacara a rede. Ele fez uma continência para mim, como se dissesse que tomava conta de Euríbia. Assenti e voltei em direção a quadra de vôlei, onde alguns monstros fazia uma algazarra. Dei um rasante, acertando um cão infernal na nuca, fazendo-o reduzir a pó. Não sei bem o que aconteceu em seguida. Só sei que recebi uma pancada nas costas, e fui atirado para longe, chocando-me contra a areia. Ouvi o relinchar de Morning Star, e tentei abrir os olhos, conseguindo vê-lo golpear um garoto na cabeça, com o casco.

Ergui-me, com um pouco de dificuldade, e me vi cercado por dois cães infernais, e três humanos. Pelo que podia perceber, um dos cães infernais me acertara com seu próprio corpo, por isso eu caíra. Apertei meu punho direito, fazendo surgir minha espada, e então peguei meu escudo nas costas, preparando-me para o combate. Assoviei para o pégasu, mandando sair dali o mais rápido possível, e ele obedeceu, voando para longe. Girei a espada e esperei algum deles atacar.

Dito e feito, um dos garotos avançou, tentando um golpe de cima pra baixo, na direção de minha cabeça. Bloqueei facilmente com o escudo, e aproveitando que ambos os braços do garotos estavam erguidos, acertei seu flanco, desprotegido. Um jato de sangue, e então o rapaz caiu. Sem tempo de retomar o fôlego, os outros dois vieram. Defendi-me de um golpe com o escudo, e de outro com a espada. Chutei o abdómen de um deles, e golpeei o outro com a espada, mas este defendeu-se. Girei, e acertei com o escudo em seu maxilar, fazendo-o cair ao chão. Finquei a espada em seu peito, mas não tive tempo de puxá-la novamente, pois o outro oponente já se recuperar do meu chute, e avançara contra mim. Se não bastasse, os dois cães infernais resolveram ingressar no combate no mesmo instante.

Saltei para trás, esquivando-me das garras de um dos cachorros, e então lancei um raio contra a cabeça deste. Tive que ser ágil para abaixar-me e esquivar da espada do semideus ainda vivo. Comecei a contar os segundos, e então finalmente meu anél surgiu no meu dedo novamente. Apertei-o com força, e minha espada irrompeu. Ataquei, acertando o pescoço do garoto, cortando sua jugular, o que fez muito sangue jorrar para todo lado. Virei-me a tempo de ver ambos os cães infernais, lado a lado, rosnando para mim. Coloquei-me em posição de defesa, e pisquei para eles, zombando, e deixando brotar um sorriso em meu rosto. Atacaram ao mesmo tempo, o que me deu a vantagem. Saltei por cima deles, e disparei um raio contra a nuca de um deles, que latiu, de maneira chorosa. Ataquei o escudo contra o outro, que ficou um tanto desnorteado, e isso me deu tempo de correr até suas costas e fincar a espada em sua nuca. O cão que fora acertado pelo raio, já se recobrara e lançara sua grande pata contra mim. Saltei para trás, mas ele acertou com uma das garras em minha armadura, fazendo um arranhão que quase chegou a trespassá-la. Ele continuou avançando, e eu recuando, até que minhas costas encontraram uma parede. Ele parou a minha frente, pronto para o ataque, e então se lançou contra mim. Saltei para o lado, e então ele chocou-se no muro, fazendo um barulho tremendo. Uma grande quantidade de pó surgiu, mas consegui distinguir a silhueta do cão infernal em meio aquela bagunça. Lancei mais um raio contra ele, e então senti meu corpo fraquejar. Eu estava abusando. Dei um última salto e finquei a espada entre seus olhos. Uma cortina de pó, e então ele se fora. Olhei em volta, três humanos mortos, caídos com poças de sangue em seu redor, muito pó, e nenhum vestígios dos cães infernais. Pingava sangue da lâmina de minha espada, mas isso só mostrava que eu estava participando corretamente da guerra.

Assoviei, e então o pégasu voltou, acompanhado de uma águia. Olhei para a ave, e então ela falou comigo, mentalmente. "Olá, sou Lirien, e seu Pai me mandou para te acompanhar." Fiquei olhando a águia, e pensando na voz feminina dentro de minha cabeça, aquilo era realmente estranho. Mas eu já tivera experiências de conversar com aves antes... Uma águia que veio ao acampamento, uma vez, falaram comigo, avisando de alguém ferido. Assenti para a águia, e então montei em Morning Star, e começamos a galopar em direção a Casa Grande, onde mais combates estavam acontecendo, e certamente que eu seria necessário. Lirien sobrevoava um pouco a cima de minha cabeça, acompanhando o galope do pégasu. Estávamos bem, e isso importava. Agora precisávamos matar mais alguns monstros.

Henri James Kurtz Ω Son Of Zeus Ω Nível 2

Ouvi uma voz conhecida, quando estava a alguns metros da quadra. "Será?!" Pensei, franzindo o cenho. "Não pode ser, eu mandei ela ficar na enfermaria..." Realmente, eu havia mandado Suzannah ficar na enfermaria, afinal, aquele corte ia dar problemas. Mas eu tinha certeza que ela não me obedecera. - Teimosa... - Disse, baixo, puxando o pégasu para voltar a quadra. Contatei Lirien e mandei que ela sobrevoasse rapidamente o local, e me dissesse o que conseguia ver. A resposta da águia fez minha espinha gelar. Uma garota loira, sangrando, caída na quadra de vôlei. Bati novamente os calcanhares contra os flancos de Morning Star, fazendo-o andar mais rápido, se é que era possível. A velocidade do pégasu, em terra, era mais alta do que qualquer outro cavalo, e em vôo, era ainda mais rápido. Formidável. Chegamos em alguns segundos a quadra, e então vi a filha de Hécate caída. Saltei do pégasu, dando uma cambalhota no chão, pois ele ainda estava em meio ao galope, e então disparei na direção da garota. Lancei-me a seu lado e levantei sua cabeça, colocando-a sobre meu colo.

- O que aconteceu com você?! - Perguntei, ficando extremamente preocupado com o corte aberto em seu peito, que sangrava muito. - Eu mandei você ficar na enfermaria... - Argumentei, mesmo sendo inútil agora. Peguei-a no colo, delicadamente, e a coloquei sentada em cima de Morning Star. Montei no pégasu e golpeei-o com meus calcanhares, fazendo levantar vôo. Suzannah estava colocada a minha frente, para que eu a segurasse com os braços, e para que ela apoiasse em meu peito, enquanto voávamos para a enfermaria. O sangue escorria pela roupa da garota, caia sobre a pelagem branca do pégasu, e já estava presente em ambas minhas mãos e braços. Precisava ser rápido, o corpo da filha de Hécate já estava perdendo calor. Ouvi-a balbuciar algo sobre Jack Brown, e Cassandra. A segunda não conhecia, mas podia dar um jeito de chamar o primeiro. Contatei a mente de Lirien, e mandei que chamasse Jack, e o levasse a enfermaria, urgente.

Adam Sullivan Ω Son Of Apolo Ω Nível 00

Adam Sullivan Ω Son Of Apolo Ω Nível 00

Adam Sullivan Ω Son Of Apolo Ω Nível 00

Adam Sullivan Ω Son Of Apolo Ω Nível 00